A perseguição à Canção Nova
- Gi Palermi
- 27 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de fev.
O Ministério Público de São Paulo pediu na última terça-feira (21.jan.2025) à Justiça que intervenha na Fundação João Paulo II, que é quem mantém a Comunidade Canção Nova, fundada pelo padre Jonas Abib há 47 anos. Segundo a promotora de Justiça Marcela Agostinho Gomes Ilha, a fundação estaria mudando o seu propósito original e ajudando apenas os interesses da própria Comunidade Canção Nova.
Mas, vamos entender melhor: a Fundação João Paulo II, instituição sem fins lucrativos, foi criada em 1982, justamente para manter a Comunidade Canção Nova. Ou seja, essa era a função dela desde o começo.
E, ainda assim, a promotoria acredita que essa fundação, que nasceu para cuidar da Comunidade Canção Nova, estaria “desviando” sua função para... cuidar da Comunidade Canção Nova? Isso faz sentido pra você?
Agora, deixa eu te contar uma sucessão de fatos que aconteceram ao longo dos anos. E é muito importante pra que a gente entenda tudo que está acontecendo hoje.
Lá em 2006, no primeiro mandato de Lula, na Presidência da República, ele tentou aprovar o aborto no Brasil e queria que isso fosse um serviço público gratuito nos hospitais. Na época, o padre Léo, em uma transmissão ao vivo pela Canção Nova, teve coragem de dizer com todas as letras que quem é católico de verdade não pode apoiar uma coisa dessas.
"Se for para ser católico, como se diz católico o presidente da República, é melhor ir para os quintos dos infernos", desabafou o padre.
Depois, em 2010, quando José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) disputavam a presidência, o padre José Augusto também se posicionou ao vivo pela Canção Nova. Ele disse que não votava no PT.
"Mas saibam, no PT eu não voto. Eu não voto no PT e em ninguém coligado ao PT. Eu falei que jamais falaria isso, mas rezando hoje senti que tinha que falar", disse o padre.
Resultado? O partido foi à Justiça, ganhou 8 minutos de direito de resposta, e o padre José Augusto foi afastado das missas transmitidas ao vivo.
Mais tarde, em 2018, Jair Bolsonaro, depois de eleito presidente, visitou a sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista. Ele recebeu uma oração do padre Jonas Abib no Santuário do Pai das Misericórdias, com tudo sendo transmitido pelo sistema Canção Nova de Comunicação.
E mais recentemente, a Canção Nova virou alvo de linchamento virtual. Tudo começou quando uma consagrada da comunidade compartilhou um post expondo a diferença de tratamento entre dois casos: no do padre Júlio Lancellotti, o processo foi arquivado. Já no caso do padre José Eduardo, que ocorre em sigilo e na última instância do Poder Judiciário brasileiro, ele foi indiciado sem direito de ampla defesa.
E aqui é importante destacar que o padre Júlio Lancellotti tem uma relação próxima com Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Essa retrospectiva é essencial para compreender o que está acontecendo com a Comunidade Canção Nova atualmente. Ao longo dos anos, padre Jonas Abib e os membros da comunidade nunca se omitiram na missão evangelizadora nem no dever de exortar os fiéis contra ameaças à fé. Agora, a comunidade enfrenta as consequências.
Vivemos tempos em que o Cristianismo aceitável para o regime vigente é aquele que se submete ao poder do Estado, que se cala diante das injustiças e se torna conivente com a opressão. A Canção Nova, ao contrário, representa um cristianismo autêntico, que confronta os poderes estabelecidos e busca a justiça. A esquerda, especialmente através da herética teologia da libertação, que é uma extensão do movimento comunista dentro da Igreja, domina grande parte da Igreja Católica no Brasil. Nesse contexto, destruir a Canção Nova é uma peça-chave na agenda revolucionária que se busca implantar no país.
Padre Jonas, profeta do nosso tempo, previu que perseguições viriam. Cabe a nós, agora, defender com coragem o legado que ele deixou.
Padre Jonas Abib, rogai por nós!
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