A perseguição abortista no CNJ
- Gi Palermi
- 27 de fev.
- 2 min de leitura
Era uma vez uma juíza chamada Joana Ribeiro Zimmer, uma mulher que acreditava na justiça e no valor da vida. Com a coragem de quem busca sempre fazer o certo, ela tomou uma decisão difícil, dentro da lei, com um único objetivo: proteger as duas vidas envolvidas em um caso delicado.
A história começou em maio de 2022, quando uma menina de apenas 11 anos, grávida, buscou a Justiça para um aborto. O hospital se recusou a realizar o procedimento, pois o bebê em seu ventre já tinha 22 semanas e poderia sobreviver fora do útero. Foi então que Joana, ao lado da promotora Mirela Dutra Alberton, sugeriu uma alternativa: esperar mais uma ou duas semanas para que o parto fosse antecipado, permitindo que a criança tivesse chances de viver e, se possível, ser adotada. Em nenhum momento impuseram essa ideia, apenas sugeriram, com o coração voltado para o bem de todos.
Mas a verdade foi distorcida. Trechos da audiência foram criminosamente vazados e manipulados para pintar Joana como uma vilã. A pressão da mídia e de setores influentes da sociedade tornou-se insuportável. No fim, a menina cedeu à imposição do mundo e fez o aborto.
O tempo passou, e agora, um ano e meio depois, o Conselho Nacional de Justiça decidiu punir Joana em um Processo Administrativo Disciplinar. A decisão, em 18 de fevereiro, aplica a ela a pena de censura, que, segundo a Lei Orgânica da Magistratura, a impede de “figurar em lista de promoção por merecimento pelo prazo de um ano”.
E o que Joana teria feito de tão assombroso para merecer tal punição? Teria ela vendido sentenças? Prendido preventivamente para forçar delações? Ameaçado familiares de acusados para obter confissões? Ordenado pesca probatória para sustentar uma narrativa pronta? Seria ela mais um nome entre os tantos magistrados que, nos últimos tempos, transformaram tribunais em palcos de autoritarismo? Não. Joana apenas fez o que era certo, com base na lei e na ética, sem perseguir, sem corromper, sem abusar do poder que lhe foi conferido. Seu crime? Ter seguido a lei. Ter buscado a melhor solução para mãe e filho. Ter lembrado ao mundo que um bebê no ventre também é humano, que merece uma chance. Mas, para o CNJ, sua atitude foi um erro. Disseram que ela deixou seus valores pessoais falarem mais alto, como se não fosse exatamente isso que os próprios conselheiros fizeram ao julgá-la. Como se a verdadeira justiça não fosse guiada pelo respeito à vida e pela busca do melhor caminho para todos.
A ironia é cruel: quem realmente expôs a menina foi quem divulgou a audiência de maneira criminosa. Mas ninguém investigou isso. Preferiram atacar a juíza, destruindo sua reputação e prejudicando sua carreira. Por quê? Porque ela ousou se opor ao pensamento dominante. Porque fez o que era certo, e não o que era conveniente para os poderosos.
Joana foi punida por ser justa. Mas a história há de lembrar de sua coragem. E a verdade, cedo ou tarde, sempre encontra seu caminho.
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