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Aprovada a instalação da CPI da saúde em Uberlândia

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 6 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Nove vereadores assinaram pedido de abertura da investigação que pretende analisar convênio na ordem de R$800 milhões.



Nove vereadores assinaram o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Uberlândia para investigar as contratações diretas feitas pela Secretaria Municipal de Saúde, além da gestão da saúde no município, que atualmente é feita por meio de convênio com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e a Missão Sal da Terra. Juntas, as duas instituições receberam em 2021, R$ 800 milhões.


Das 27 cadeiras que compõem a Casa Legislativa, nove era o número mínimo de assinaturas para que a CPI fosse instaurada. A solicitação de abertura da investigação já tinha obtido oito assinaturas e a nona foi oficializada na noite desta sexta-feira (6 de maio) pelo vereador Cristiano Caporezzo (PL), por meio de suas redes sociais. “Acabo de assinar a CPI que vai investigar os gastos com saúde em Uberlândia. Ao decorrer do mês visitei várias unidades de saúde e é muito triste o tempo de espera, principalmente para atendimento pediátrico. A Prefeitura Municipal tem muito o que esclarecer para a população a respeito disso e de diversas outras denúncias de gravidade muito maior. Que a justiça prevaleça”, declarou.


Também nas suas mídias sociais, o vereador Murilo Ferreira (Rede) autor do pedido de abertura da CPI confirmou a adesão dos nove parlamentares ao pedido e divulgou o documento com as assinaturas, além da sua, dos vereadores Amanda Gondim (PDT), Cláudia Guerra (PDT), Dandara (PT), Dudu - Luiz Eduardo (Pros), Fabão (Pros), Liza Prado (Patriota), Odair José (Avante) e Cristiano Caporezzo (PL).


Murilo Ferreira apontou questionamentos à gestão da saúde em Uberlândia que a CPI deverá fazer. "Não queremos fazer politicagem, queremos apenas detalhar a aplicação dos mais de R$ 800 milhões aplicados nas associações privadas que dirigem a saúde em nossa cidade!", disse.


O vereador também fez outros questionamentos. "Como explicar uma empresa que recebe da Prefeitura R$ 650 milhões por ano manter escritórios jurídicos terceirizados que custam R$ 65 mil por mês e não ter papel higiênico, copo descartável e sabonete nas unidades?", perguntou. "Pagamento de uma consultoria de gestão no valor de R$ 2 milhões pela Prefeitura, sem nenhum resultado apresentado", mencionou Murilo Ferreira.


O outro lado


Sobre a abertura da CPI e as razões que a motivaram a Missão Sal da Terra informou que está à disposição para qualquer esclarecimento e reforçou que pauta seu trabalho na honestidade, na transparência, no cuidado com o ser humano e no compromisso com toda comunidade uberlandense.


A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, que assumiu a gestão em junho de 2018, disse estar aberta e com muita tranquilidade para colaborar com os vereadores de Uberlândia sobre o gerenciamento da saúde no município. “As Unidades de Atendimento Integrado do Município de Uberlândia dispõem de serviços assistenciais bastante abrangentes, com atuação significativa em ações preventivas e curativas aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS. Nosso trabalho sempre foi pautado pela transparência, com prestação de contas aberta e pública a quem interessar. Temos orgulho de atender a população e proporcionar oportunidades e salários dignos aos nossos colaboradores”, pontuou.


A Prefeitura de Uberlândia não se manifestou oficial sobre a abertura da CPI, mas durante a assinatura do edital para ampliação do Hospital Municipal, na quinta-feira (5 de maio), o prefeito Odelmo Leão Carneiro Sobrinho (PP) reforçou que no site da Prefeitura há um espaço no Portal Transparência com as contas da saúde.

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