Araxá e seu festival anual de buracos nas ruas
- Gi Palermi
- 6 de jan.
- 2 min de leitura
A situação das ruas de Araxá é um velho problema que parece nunca ter fim. Todo ano, com a chegada das chuvas, os buracos brotam do asfalto como se fossem sementes que estavam adormecidas.
O problema, no entanto, não é culpa apenas do tempo ou da natureza. A falta de vontade política em resolver a questão do escoamento da água e em melhorar a qualidade do asfalto é o verdadeiro vilão dessa história.
Quem vive na cidade sabe o sufoco que é desviar dos buracos. Os motoristas se veem obrigados a fazer malabarismos com os carros, desviando de um lado pro outro, muitas vezes até invadindo a contramão e colocando a segurança em risco.
E não é só o risco de acidente: os prejuízos são grandes para quem precisa gastar com conserto de rodas, pneus e suspensão. O que poderia ser um simples trajeto de um ponto ao outro da cidade vira uma corrida de obstáculos.
Nos últimos quatro anos, Robson Magela esteve à frente da prefeitura e teve a oportunidade de enfrentar o problema de frente. Mas a verdade é que pouca coisa mudou. O buraco continuou aberto, tanto nas ruas quanto na relação entre a administração municipal e as demandas da população.
Para o ano de 2024, a administração estimou aplicar R$ 5 milhões e 700 mil na operação tapa-buracos. De janeiro a maio do mesmo ano, foram executadas 2 toneladas de massa asfáltica nesse trabalho.
Agora, com mais quatro anos pela frente, ele tem a chance de virar o jogo e deixar um legado diferente. Para isso, é preciso sair do ciclo vicioso de paliativos que tapa os buracos de maneira emergencial, mas eles logo reaparecem com as primeiras chuvas.
É preciso enfrentar o problema de verdade, planejando soluções que vão além do improviso, investindo em um sistema eficiente de drenagem e na qualidade do asfalto utilizado.
Sem uma rede para o escoamento adequado da chuva, a água vai continuar escorrendo sem controle, destruindo o asfalto. Além disso, já passou da hora de usar um asfalto de qualidade, que dure mais que uma chuva e aguente o tranco do tráfego intenso. Araxá não precisa de remendos temporários; precisa de ruas que sejam um chão firme para quem vive aqui.
Se Robson Magela quiser marcar a história da cidade, pode começar mostrando que se importa com os caminhos que todos percorremos diariamente. Resolver o problema dos buracos não é só consertar ruas; é reconstruir a confiança da população em quem governa.
Afinal, ninguém quer viver em uma cidade onde os buracos falam mais alto que as promessas. Chegou a hora de pegar a pá e a vontade política e tapar, de vez, esse buraco na história de Araxá.
Comments