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Base de Magela reage e trava votação

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 11 de fev.
  • 2 min de leitura

A “chapa esquentou” na sessão ordinária desta terça-feira (11.fev.2025) na Câmara Municipal de Araxá, quando vereadores da base do prefeito Robson Magela demonstraram insatisfação com a chegada de um projeto de lei em cima da hora. Sob a administração Robson Magela, o Poder Executivo enviando projetos de última hora para o Poder Legislativo, sem tempo para análise adequada dos vereadores, é uma situação que já virou rotina nos últimos quatro anos. Mas, pela firmeza que demonstraram os vereadores ontem, diferentemente da legislatura passada, esta legislatura não parece disposta a submeter-se a tal desrespeito.


No início da reunião, havia apenas um projeto na pauta: o Projeto de Lei nº 06/2025, que institui o dia 19 de novembro como aniversário do Distrito de Itaipu, do vereador Professor Jales. Ele foi aprovado por unanimidade dos vereadores presentes (13 votos a 0).


Porém, durante a sessão, o governo Robson Magela enviou outro projeto, o Projeto de Lei nº 07/2025, que autorizava o repasse de R$ 89.640,00 para a Associação de Moradores e Amigos dos Bairros Adhemar Rodrigues Vale, Andreia, Área III e Estância, para a realização do carnaval “Araxá na Folia 2025”. Foi aí que começaram os protestos.


O vereador Roberto do Sindicato criticou a falta de respeito do Poder Executivo ao enviar um projeto já durante a reunião, sem dar tempo para análise. O professor Jales reforçou que, sendo dinheiro dos impostos, é preciso responsabilidade.


Até vereadores aliados ao governo engrossaram o coro de protestos contra a prática de apresentar projetos de última hora. O vereador Kaká questionou a falta de transparência e fiscalização no uso do dinheiro público. O vereador Jairinho Borges também pediu mais organização por parte do Executivo. O vereador João Paulo da Filomena destacou que o carnaval já faz parte do calendário oficial e que a prefeitura teve um ano inteiro para planejar a festa, questionando por que o projeto não foi enviado com antecedência.


Os protestos continuaram até que o vereador Rodrigo do Comercial Aeroporto pediu vistas, alegando que sequer teve acesso ao documento para analisar. A partir daí, houve um debate sobre adiar ou não a votação, pois isso poderia prejudicar a realização do evento. Mas ainda assim, o pedido de vistas foi colocado em votação e aprovado por 7 votos a 6, adiando a decisão. O projeto ficou sob responsabilidade do vereador Rodrigo do Comercial Aeroporto para análise posterior.


E pelo menos desta vez a tentativa de pressão da administração sob os vereadores sobre o impacto do adiamento da votação na realização do evento não pareceu suficiente. A polêmica expôs o que parece ser o início de um desgaste entre a base governista e a administração. Ao menos desta vez até a base governista deixou claro estar insatisfeita com a forma como a administração Robson Magela trata a Casa Legislativa, reforçando a necessidade de mais planejamento e respeito ao trabalho dos vereadores.

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