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Câmara escolheu o silêncio e ignorou denúncias da população

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 29 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jan.


Ao longo dos últimos quatro anos, a Câmara Municipal de Araxá se recusou, pelo menos em duas ocasiões, a abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar situações suspeitas envolvendo a administração de Robson Magela e o uso de recursos públicos provenientes dos impostos da população.


A primeira tentativa de abertura de CPI ocorreu após uma denúncia recebida pelos vereadores Fernanda Castelha e Luiz Carlos Bittencourt. A denúncia revelou que o setor de odontologia das Unidades Básicas de Saúde (UBS) estava sendo abastecido com insumos vencidos. Em uma fiscalização realizada no almoxarifado da Saúde, Fernanda e Luiz Carlos encontraram dezenas de caixas de insumos odontológicos vencidos.


No entanto, o requerimento para a abertura de uma CPI foi rejeitado por onze vereadores. Esses parlamentares, inclusive, estiveram reunidos com o prefeito Robson Magela na mesma manhã em que decidiram votar contra a investigação. O caso acabou sendo investigado apenas por meio de uma sindicância interna, conduzida pela própria Prefeitura. Essa sindicância responsabilizou e puniu os dentistas e técnicos odontológicos que haviam denunciado o problema aos vereadores, em vez de investigar as possíveis falhas administrativas.


A segunda tentativa de abertura de CPI foi rejeitada novamente, por onze votos a quatro. Dessa vez, a proposta partiu do vereador Luiz Carlos Bittencourt, que solicitava uma investigação sobre os aumentos expressivos nos gastos com publicidade e propaganda durante a gestão de Robson Magela. O vereador destacou que os valores destinados a esse segmento saltaram de R$ 500 mil em 2020 para R$ 2,3 milhões em 2021, um aumento de 298%. Além disso, havia previsão de que o orçamento para publicidade alcançasse R$ 3,4 milhões em 2022.


Mais uma vez, os mesmos onze vereadores que rejeitaram a CPI sobre os insumos odontológicos votaram contra a abertura de uma investigação sobre os gastos com publicidade. Esse bloqueio às investigações foi possível porque, durante os quatro anos de mandato de Robson Magela, ele contou com o apoio de uma base sólida na Câmara Municipal, formada por um grupo que atuava em unidade para proteger a administração.


Os vereadores que integraram a base de sustentação de Robson Magela foram:


Alexandre Irmãos Paula,

Bosco Junior,

Dirley da Escolinha,

Evaldo do Ferrocarril,

João Veras,

Pastor Moacir,

Raphael Rios,

Valtinho da Farmácia,

Wellington da Bit,

Wagner Cruz,

Jairinho Borges,

Zidane (que, posteriormente, rompeu com o grupo e passou a integrar o grupo independente).


Agora, muitos desses vereadores estão novamente em campanha, buscando o voto dos cidadãos de Araxá. Cabe à população decidir se esses nomes merecem continuar ocupando uma cadeira na Câmara Municipal da cidade.

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