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Cidadão não pode criticar?

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 4 de fev.
  • 4 min de leitura

A reunião ordinária da Câmara Municipal de Araxá desta terça-feira (04.fev.2025) marcou a abertura do ano legislativo e deixou evidente que as eleições de 2026 já começaram. De um lado, os vereadores Roberto do Sindicato e Professor Jales se uniram para criticar o governo estadual, destacando que, mesmo após seis anos de mandato, Romeu Zema ainda não entregou nenhuma obra relevante em sua cidade natal, Araxá. Do outro, o vereador Garrado exaltou os feitos do Governo Bolsonaro para aposentados e pensionistas e afirmou que, em 2026, terá três opções de voto: Jair, Messias ou Bolsonaro.


Antes da sessão, houve a cerimônia oficial de abertura do ano legislativo. Em seu discurso, o presidente da Câmara, vereador Raphael Rios, afirmou respeitar todas as pessoas que colocam seu nome à disposição da população nas eleições. Segundo ele, muitos acham mais fácil criticar do que participar ativamente da política.


"Essas pessoas tem meu respeito porque muitos acham e continuam a achar que é mais fácil criticar do que colocar o nome a disposição para somar com o município", disse o presidente da Casa do Povo.

Diante dessa declaração, surge um questionamento: será que, para o vereador Raphael Rios, quem está fora da política – o cidadão comum, pagador de impostos – não tem o direito de dar sua opinião e fazer críticas quando discorda de algo?


A primeira reunião ordinária não contou com a apresentação de projetos, mas teve a participação de parte dos vereadores na tribuna. Os oradores foram Alexandre dos Irmãos Paula, Roberto do Sindicato, Garrado, Fernanda Castelha, Chicão Jesus Te Ama, Jairinho Borges e Professor Jales. Eles apresentaram requerimentos e indicações com diversas demandas da comunidade.


Um dos requerimentos, apresentado por Alexandre dos Irmãos Paula, gerou discordância ao propor o fechamento do trânsito no entorno do Lago Norte da Estância do Barreiro nos fins de semana e feriados. O vereador João Paulo da Filomena interveio, ressaltando que essa decisão não cabe à Prefeitura e que seu gabinete já havia encaminhado a solicitação ao governo estadual por meio do deputado Bosco.


No entanto, Roberto do Sindicato contestou a proposta, lembrando que nem mesmo a Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, é fechada para o trânsito. Ele argumentou que o bloqueio da lagoa principal no entorno do Grande Hotel já representou uma grande perda para a comunidade, impedindo um trajeto tradicional de carro. Agora, estender essa restrição ao Lago Norte seria mais uma limitação injustificada à recreação dos araxaenses. Além disso, destacou que a calçada ao redor do Lago Norte tem dois metros de largura, o que já é suficiente para os pedestres, sem necessidade de impedir a circulação de veículos.


Outro ponto que chama atenção na abertura do ano legislativo em Araxá é que, diferentemente do que tem ocorrido em diversas câmaras municipais pelo Brasil, onde o deputado federal Nikolas Ferreira tem sido homenageado com moções de aplauso e congratulações, em Araxá nem o presidente do PL na cidade, Alexandre dos Irmãos Paula, nem seu colega de legenda, vereador Garrado, consideraram relevante destacar o desempenho do jovem deputado do partido.


No dia 14 de janeiro, Nikolas Ferreira publicou um vídeo no Instagram criticando a intenção do governo Lula de monitorar operações dos brasileiros via Pix. A gravação viralizou, atingindo mais de 200 milhões de visualizações nas primeiras 24 horas, tornando-se um dos vídeos mais assistidos da história da plataforma. Hoje, já ultrapassa 320 milhões de visualizações, consolidando-se como um fenômeno global. Diante da forte repercussão, o governo Lula 3 recuou na medida.


Diversas câmaras municipais pelo Brasil vêm reconhecendo a importância da atuação de Nikolas Ferreira. Em São José dos Campos, o vereador Sérgio Camargo (PL) protocolou uma moção de aplauso destacando o compromisso do deputado com a liberdade econômica e a transparência nas ações governamentais. Em Vitória, no Espírito Santo, o vereador Darcio Bracarense (PL) reforçou que Nikolas Ferreira impediu uma injustiça contra os mais pobres.


Enquanto isso, em Araxá, os representantes do partido parecem não considerar relevante a atuação e o dinamismo do deputado mineiro mais votado do Brasil.


Por fim, há um detalhe curioso que também merece atenção: ao menos em Araxá, o PT parece ter se transformado em "PTT", pois o vereador Professor Jales insiste em se referir ao partido como "Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores". A ironia é que a esquerda frequentemente defende o uso da letra "e" no final das palavras, alegando que isso tornaria a língua portuguesa mais "inclusiva" para as pessoas que se identificam com "gêneros neutros". No entanto, quando já existe um termo naturalmente terminado em "e", como "trabalhadores", eles ainda encontram uma forma de criar um novo problema, forçando uma inclusão feminina. Será que as trabalhadoras realmente não se sentem representadas pela forma tradicional da palavra?


A primeira sessão ordinária de Araxá expôs estratégias que devem ser usadas nas eleições de 2026. Enquanto questões locais dividem opiniões, o discurso politicamente correto persiste em pautas ideológicas. Cabe ao cidadão manter-se vigilante, participando ativamente, cobrando transparência e efetividade de seus representantes.

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