CNBB inclui ideologia de gênero e LGBT na CFE 2021
- Gi Palermi
- 4 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de fev. de 2021
Uma ciranda onde não há primeiro nem último e todos formam uma unidade e precisam manter o mesmo ritmo para não perderem o compasso ilustra o material da campanha.

A Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) incluiu no texto-base da Campanha da Fraternidade de 2021 o “movimento LGBTQI+” e as “questões de gênero”. Com o tema “Cristo é a nossa paz: o que era dividido fez uma unidade”, a CNBB adere na Campanha deste ano a narrativa de grupos esquerdistas e anticristãos.
No texto-base deste ano, na página 33, item 68, a CNBB utiliza termos utilizados pela militância de esquerda, como “discurso de ódio”, “fundamentalismo religioso”, “vozes contra o reconhecimento dos direitos” e o principal, um trecho dedicado exclusivamente ao chamado “movimento LGBTQ+”.
Neste ano, a Campanha da Fraternidade será ecumênica e terá como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”. E como lema o trecho da carta de Paulo aos Efésios: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14ª). Essa será a quinta CFE e tem como objetivo geral “convidar as comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para superar as polarizações e as violências através do diálogo amoroso testemunhando a unidade na diversidade”.
A equipe que prepara a CFE 2021 é composta por representantes da CNBB e de outras igrejas-membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). São membros do Conic as seguintes Igrejas: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida, Aliança de Batistas do Brasil. Ainda participam da comissão de preparação representantes do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização (CESEEP) e a Igreja Betesda como Igreja convidada.
Considero um tema extremamente importante e atual. É necessário compreendermos e nos colocarmos no lugar do outro para nos esvaziarmos de nós mesmos e de todo o preconceito. Mas me causa preocupação a adoção de termos e bandeiras esquerdistas em todo o material. Espero estar equivocada, mas minha primeira impressão me remete aos tempos detestáveis em que a Teologia da Libertação assolava a Igreja.
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