Eduardo forçado ao exílio nos EUA
- Gi Palermi
- 18 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de mar.
O Brasil está sob os olhos do mundo. A perseguição política, que antes se limitava a adversários menores, agora atinge figuras de peso, desnudando um regime onde a democracia é apenas uma fachada. Eduardo Bolsonaro, o deputado federal mais votado da história do país, foi forçado ao exílio. Não fugiu. Foi empurrado para fora de sua própria nação por um sistema que já não se dá ao trabalho de esconder sua vocação autoritária. A decisão do parlamentar de se licenciar, sem remuneração, do seu mandato e permanecer nos Estados Unidos foi divulgada hoje (18.mar.2025).
O algoz tem nome e sobrenome: Alexandre de Moraes. O mesmo que já censurou jornais, derrubou perfis de opositores, prendeu cidadãos por crime de opinião e silenciou parlamentares eleitos agora mira Eduardo Bolsonaro com o mesmo ímpeto. As revelações de Glenn Greenwald foram apenas a confirmação de uma realidade que há muito já era sentida: Moraes "quer pegar Eduardo". Mas quando um magistrado se move por desejo pessoal e não por justiça, o que temos é tirania.
A perseguição contra Eduardo Bolsonaro não começou agora. Desde a vitória de Jair Bolsonaro em 2018, seu filho tornou-se um dos principais alvos da máquina de repressão. Ele foi investigado por suposta “organização criminosa digital”, enquadrado em inquéritos sem acusação formal, colocado sob vigilância e ameaçado com cassação. O crime? Defender abertamente ideias conservadoras, questionar o STF e denunciar os abusos de poder do judiciário.
A cada nova decisão arbitrária, o Brasil se afasta mais do Estado de Direito. O país que já prendeu um deputado federal por crime de opinião (Daniel Silveira), que mantém opositores censurados e que confisca passaportes sem julgamento agora força um representante legítimo do povo ao exílio. E quem se cala hoje será o próximo amanhã.
A decisão de Eduardo Bolsonaro não é sinal de fraqueza, mas de inteligência. Ele sabe que voltar ao Brasil significaria cair numa armadilha preparada há tempos. Seu destino já está selado por um sistema que não precisa de provas para condenar. E se um deputado federal não tem mais garantias jurídicas, o que sobra para o cidadão comum?
A esquerda brasileira, que tanto se autoproclamou defensora da liberdade e dos direitos humanos, agora se cala. Não há ONGs protestando, não há manifestos internacionais. A narrativa da "democracia em risco" só vale quando convém ao projeto de poder do establishment. Mas o silêncio não apagará os fatos.
A história será implacável com os covardes e cúmplices deste período sombrio. Eduardo Bolsonaro já fez sua escolha: não se calar, não se render, não se dobrar. Agora, a pergunta que fica é: quem mais terá coragem de enfrentar esse regime que se instala diante de nossos olhos?
Comments