Estudo aponta contaminação da água de Uberaba
- Gi Palermi
- 13 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Codau garante qualidade e nega presença de substâncias nocivas acima do padrão.

Um estudo do Mapa da Água, elaborado pelo site Repórter Brasil, detectou a presença de substâncias que oferecem riscos à saúde na água consumida pela população de Uberaba.
Segundo o estudo, na análise da água de Uberaba foram detectadas duas substâncias (clordano e selênio) com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, e outras três substâncias (bário, ácidos haloacéticos total e trihalometanos total) que também geram riscos à saúde.
O estudo apontou ainda que todas as essas substâncias químicas e radioativas foram encontradas acima da concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde. As análises encontraram essas substâncias ao menos uma vez na água que abastece este município entre 2018 e 2020.
Ainda de acordo com o estudo quando essas substâncias estão acima do limite, a água é considerada imprópria para o consumo.
Mas a Companhia Operacional de Desenvolvimento Saneamento e Ações Urbanas de Uberaba – a Codau – negou a contaminação. A autarquia municipal responsável pelo abastecimento de água da cidade de Uberaba informou que as suas análises de água não indicaram essas substâncias.
A Codau informou que suas análises de água não indicam nenhuma contaminação por agrotóxicos ou outros resíduos da indústria.
“Todos os laudos das análises são avaliados criteriosamente pelo setor de qualidade da água da Codau e não foram identificados índices de agrotóxicos, selênio, clordano, ácidos haloacéticos e trihalometano total fora dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, explicou o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho. Ele reitera que a análise enviada ao Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), do Ministério da Saúde, em janeiro de 2022, não detectou substâncias orgânicas, inorgânicas, agrotóxicos ou metais pesados, permanecendo a água dentro dos limites de segurança para consumo.
A autarquia completa dizendo que os mesmos laudos serão entregues nesta semana para a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, nas mãos do promotor Carlos Alberto Valera.
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