Mineiros terão que usar coletes em lagos e cachoeiras
- Gi Palermi
- 17 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Projeto promove a elitização de mais uma atividade recreativa. Ainda não foi agendada a votação em 2° turno do PL 2.063/20.

Conhecida como “caixa d’água do Brasil”, Minas Gerais não tem mar, mas reúne a maior quantidade de cachoeiras do país. É comum em Minas que as famílias usufruam de toda exuberância natural em finais de semana, feriados ou férias.
Para garantir a segurança nesses momentos, as famílias com menor poder de compra, costumam improvisar câmara-de-ar de trator ou de caminhão como boias, entre outros itens de segurança conforme a criatividade. Mas isso pode vir a desaparecer da vida do mineiro.
Foi aprovado em 1° turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais um projeto de lei que vai obrigar os mineiros a usar colete salva-vidas em rios, riachos, cachoeiras, lagos, lagoas, seja na prática esportiva ou em momentos de lazer, em embarcações ou não. Porque os mineiros são um bando de irresponsáveis com a própria vida.
Sim, você não entendeu errado. O PL 2.063/20, do deputado Carlos Henrique (Republicanos), determina que sempre que você for em qualquer cachoeira ou afins, você será obrigado a usar um colete. E, caso não tenha condições para comprar, o papai Estado lamenta muito, mas você não poderá desfrutar dessa diversão aquática.
Afinal, não importa se você sabe nadar; o que vale é a boa intervenção do legislador em protegê-lo até de si mesmo. É isso mesmo que você leu. Não se trata de boa intenção. Mas de boa intervenção.
O político eleito tem assumido cada vez mais um papel de papai ou mamãe. Age como em casa educando os filhos. E quem desobedece, cuidado porque vai ter chicote. No caso da desobediência ao colete salva-vidas o projeto prevê responsabilização civil, criminal e aplicação de multa. Na ALMG temos 77 papais e/ou mamães a obedecer.
Mais uma lei. Mais burocracia. Mais custo para as pessoas. O preço de um colete salva-vidas hoje varia de R$60,00 a R$600,00.
Na prática esta lei promove a elitização de mais uma atividade recreativa. Mais uma vez a livre escolha e a livre iniciativa tomando um caldo da Tsunami chamada estatismo.
Definitivamente o Estado não pode intervir dessa forma na vida das pessoas, sob pena de depois vir coisa pior. Ainda não foi agendada a votação em 2° turno do PL 2.063/20.
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