Não Olhe Para Cima é a sátira que não faz rir
- Gi Palermi
- 3 de jan. de 2022
- 5 min de leitura
Um dos motivos de termos uma população idiotizada é justamente porque essa população acredita demais em filme de Hollywood.

Não Olhe Para Cima é um dos filmes do momento. Lançado pela Netflix no último dia 24 de dezembro, tem dominado as discussões nas redes sociais e liderou a lista dos dez mais vistos no último fim de semana. O elenco estrelado chama a atenção: tem Meryl Streep, Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence e Timothée Chalamet. E, apesar de muita gente fazer um paralelo com a Bíblia, em alusão ao Evangelho de São Mateus, na verdade o filme parece ter mais haver com a bobajada hollywoodiana de aquecimento global.
O resumo da Ópera é o seguinte. Dois astrônomos descobrem que em seis meses um cometa destruirá o planeta completamente. A presidente americana que tem um filho idiota ocupando um alto cargo na Casa Branca dá de ombros ao alerta porque está mais preocupada com questões mais urgentes para ela: as eleições que seriam em três meses. Além disso ela calmamente explica aos cientistas que toda semana aparece alguém falando em fim do mundo na Casa Branca.
A mídia também não dá muita importância a notícia do cometa. Para a mídia dá mais audiência noticiar ao vivo a reconciliação de uma cantora com o seu namorado, um famoso DJ que a traiu, do que mostrar o fim do mundo. No mesmo programa que iria entrevistar os dois astrônomos, foi apresentada a reconciliação da cantora. E aí, depois que o programa acabou, os produtores mostraram que o público não deu muita atenção ao apocalipse, o povo gosta mesmo é de chifre, não de cometas.
A Bíblia descreve que no fim dos tempos será uma época em que as pessoas estariam vivendo suas vidas normalmente, mais preocupadas com futilidades, quando de repente o Senhor Jesus virá e salvará o seu povo e condenará os ímpios. Os homens estarão com os seus olhos tão fixos nas coisas da terra que não conseguirão erguer os seus olhos ao céu para as coisas espirituais. Ou seja, o filme Não Olhe Para Cima, até pelo título, parece mesmo um paralelo perfeito com a descrição bíblica do fim do mundo. Só não é. Pelo menos não para Leonardo DiCaprio.
Em entrevista durante a divulgação, ele disse que o filme é uma homenagem aos cientistas, os homens racionais, que defendem o clima e combatem o aquecimento global. Ou seja, trata-se sim de um culto, mas não a Jesus. O filme é um culto a ciência, o ídolo moderno, a única que pode realmente salvar o mundo de uma catástrofe.
No filme vemos que a imprensa não liga para a notícia do fim do mundo. O que é simplesmente ridículo já que a imprensa vive de desgraça. Um padre pedófilo e um pastor que rouba a igreja são notícia por pelo menos uma semana. Já 200 padres que constroem 200 creches e 300 pastores que distribuem três mil cestas básicas jamais estamparão noticiários.
No filme os dois astrônomos interpretados por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence gritam desesperadamente que o mundo vai acabar e ficam indignados com o fato de que os jornalistas não dão a mínima. Leonardo DiCaprio disse que o filme é uma homenagem aos cientistas racionais, sem interesses financeiros que pregam sobre o apocalipse do aquecimento global. E ele encarnou isso.
No começo do filme, apenas os dois astrônomos desconhecidos constatam a catástrofe, depois toda a comunidade científica entra em consenso. E aí fica uma das mensagens do filme: a afirmação de que há consenso científico sobre aquecimento global. Mas, isto não é verdade.
Sobre o papinho do consenso em relação ao aquecimento global, o meteorologista John Colleman foi perguntado sobre esse dado falacioso de que 97% dos cientistas concordam sobre o aquecimento global. E ele respondeu a isso da seguinte maneira, 97% dos cientistas receberam dinheiro público para falar isso. Já o meteorologista Ricardo Felício disse que o aquecimento global virou uma indústria. Por exemplo, quem diz: "precisamos de energia limpa para salvar o mundo" é o mesmo que tem uma empresa de energia limpa. Olha que coincidência?
Leonardo DiCaprio, assim como a maioria dos atores de Hollywood, tem jato particular e mansão que consome como um campo de futebol, mas vive dizendo para você segurar o consumo para não emitir muito carbono. O cara da mansão extremamente iluminada, do alto de seu jatinho particular diz a você, homem comum, mero mortal que tem como um dos poucos luxos tomar um banho de trinta minutos de vez em quando: "não seja consumista, seu destruidor do planeta!" Quanta hipocrisia!
No filme, o público fica mais fascinado com a beleza do cientista interpretado por Leonardo DiCaprio do que com a inteligência dele. O público é atraído mais pelo seu rosto do que por sua fala. Mostrando que o homem tende a ser facilmente enganado por um rostinho bonito. Isso é exatamente a Greta Thunberg. Focam na belezinha de uma garotinha fofinha, preocupada com o mundo, e não notam que suas ideias são completamente ridículas e manipuladas.
No desenrolar do filme, um grande empresário descobre que o cometa está repleto de riquezas e propõe que se retire essas riquezas antes de tentar destruir o cometa pra salvar o mundo. O que seria uma insanidade afinal atrasar a destruição do cometa por mais riquezas que ele viesse a ter, seria uma loucura! De que adianta ter dinheiro se estaremos mortos?
O que deixa claro para quem tem mais que dois neurônios que os defensores do clima são os mesmos defensores do socialismo, os mesmos que querem mais dinheiro para eles, os mesmos que querem mais poder pra eles.
Essa é a mensagem dos "pregadores" de Hollywood. Quem dera que a crítica fosse aos mega capitalistas que são contra o capitalismo e controlam os governos, mas vindo de Hollywood a crítica é ao capitalismo mesmo e não aos empresários malignos. O velho discurso que o capitalismo só visa o lucro, mesmo ao custo da destruição de todo o mundo. Você já ouviu falar sobre os melancias verde por fora, vermelho por dentro? Ou seja, defendem o clima pra esconder que defendem socialismo na verdade. Ou melhor ainda, sua sede de poder, dinheiro e controle vem sempre camufladas com a bandeira verde amor pela natureza.
Agora, há um ponto que parece ter passado despercebido ao discurso hollywoodiano. O cientista racional pode ser fascinado pelo poder a ponto de se corromper. Isso é o que acontece com o astrônomo interpretado por Leonardo DiCaprio. Ele é captado pela imprensa e começa a ter um discurso mais tranquilo. A ponto de virar garoto propaganda dos poderosos, negando assim o seu senso de urgência em relação a uma calamidade que se aproxima. Ele também trai sua esposa com a sedutora apresentadora de um telejornal.
Isto é um cientista, um homem comum, como qualquer um de nós, com paixões, capaz de ficar deslumbrado com a fama ou com um rabo de saia, assim como cada um de nós. No fim, ele volta a sanidade e se arrepende. Muitos não, eles continuam mentindo para se manter como amiguinhos da imprensa para ganhar dinheiro e não serem taxados de loucos.
Agora de fato há gente racional tanto no meio científico quanto no meio religioso direcionando os olhos dos homens para o céu para a verdade. E esses como no filme são encapuzados, silenciados, deixados de lado e às vezes até mortos. Realmente o mundo está mais atento sobre notícias do último chifre recebido por uma atriz famosa do que preocupado com aquilo que realmente importa e um dos motivos de termos uma população idiotizada é justamente porque ela acredita demais em filme de Hollywood.
Adorei o ponto de vista