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O circo está armado e o palhaço é o povo

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 28 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Com Omar Aziz, presidente, Randolfe Rodrigues, vice-presidente, e Renan Calheiros, relator, foi instalada a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia.


Se alguém ainda tinha alguma expectativa de que do Senado Federal do Brasil saísse coisa boa, sinto muito decepcionar. Com Omar Aziz (PSD-AM), presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente, e Renan Calheiros (MDB-AL), relator, foi instalada a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia. E para cada brasileiro, que esperava uma investigação isenta e ampla dos fatos, inclusive com o rastreamento dos recursos destinados pela União aos estados e municípios, não um nariz, mas um atestado de palhaço.


Se você ainda não entendeu a piada de mau gosto, preste atenção. Compõem a presidência, vice-presidência e relatoria da CPI que vai investigar as responsabilidades de autoridades e mal uso de recursos públicos na pandemia:


Um investigado por desvios de recursos para a área da saúde quando foi governador do Amazonas. Omar Aziz foi alvo da operação Maus Caminhos do Ministério Público Federal deflagrada em 2016. O objeto principal da investigação era o desvio de cerca de R$ 260 milhões de verbas públicas da saúde por meio de contratos milionários firmados com o governo do estado do Amazonas. Omar Aziz é investigado porque, quando ele era governador, parte desses contratos foi firmada e um relatório parcial da Polícia Federal, o da Operação Vertex, (um desdobramento da Maus Caminhos), cita seu nome 256 vezes em 257 páginas.


O outro é acusado de ter recebido mesadas do então governador do Amapá João Capiberibe entre os anos de 1999-2002. De acordo com a acusação, eram repassados R$20 mil para Randolfe Rodrigues para que ele (na época deputado), junto com outros parlamentares, votassem projetos de interesse do governo. Mais tarde, integrou a lista de investigados na Operação Lava Jato por suposto recebimento de propina. O senador teria recebido R$ 200 mil.


Por último, mas não menos importante, tem 17 inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso é pai do governador do estado de Alagoas, Renan Filho. O parlamentar é no mínimo suspeito por ter conflito de interesse. Já que os chefes dos executivos estaduais podem ter que explicar à CPI a aplicação de recursos repassados pela União para o enfrentamento da pandemia.


O circo está armado e o palhaço é o povo!

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