O jogo político e a falta de coerência do eleitor
- Gi Palermi
- 30 de mar.
- 2 min de leitura
A recente pesquisa do Instituto Veritá, divulgada neste sábado (29.mar.2025), escancarou uma contradição gritante no eleitorado mineiro: ao mesmo tempo em que rejeita a esquerda na disputa pelo governo do estado, flerta com nomes da velha política e até do comunopetismo para o Senado Federal.
O levantamento aponta que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o senador Cleitinho Azevedo (PDC) são os favoritos para o governo de Minas Gerais – uma escolha coerente com a onda conservadora que vem se consolidando no estado. No entanto, quando a questão é o Senado, o mesmo eleitor que rejeita a esquerda em um cargo, parece disposto a entregá-la outro mandato de oito anos.
Na corrida pela vaga no Senado, mais da metade dos entrevistados (54,2%) declarou não saber ou não querer responder, enquanto 14,5% afirmaram que anulariam o voto. Entre os nomes citados na pesquisa estimulada, aparecem políticos como Marília Campos (PT) com 5,6%, Rodrigo Pacheco (DEM) com 5,1% e Alexandre Silveira (PSD) com 3,9%.
O que causa estranheza é que há uma clara resistência à esquerda na disputa pelo governo estadual, mas na eleição para o Senado, a mesma população parece indecisa ou até inclinada a dar continuidade a figuras que atuaram contra os interesses dos brasileiros nos últimos anos.
Rodrigo Pacheco, por exemplo, se destacou como o pior presidente do Senado Federal que o Brasil já teve. Foi protagonista de manobras para blindar a esquerda, atuou contra pautas conservadoras e minou avanços importantes para a liberdade do povo. Mesmo assim, o eleitor mineiro ainda considera a possibilidade de lhe conceder mais oito anos de mandato.
Esse fenômeno demonstra que, apesar do crescimento do conservadorismo no estado, muitos ainda não compreendem a importância de uma bancada alinhada no Senado para garantir que projetos pró-vida, pró-liberdade e contra a corrupção avancem no país.
A pesquisa ainda mostra que expoentes do conservadorismo, como o deputado federal Eros Biondini (4,0%), o deputado estadual Cristiano Caporezzo (3,2%) e o vereador de Belo Horizonte Vile dos Santos (0,2%), seguem com percentuais baixos. Isso reflete não a falta de bons candidatos, mas a falta de politização do eleitorado, que muitas vezes desconhece os nomes que realmente representam seus valores.
Se Minas Gerais deseja manter um governo alinhado aos princípios da direita, é essencial que o eleitor compreenda que não basta escolher bem para o Executivo – é preciso garantir uma bancada forte e combativa no Senado. O jogo político exige estratégia, e a falta dela pode custar caro ao futuro do estado e do país.
Comments