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O PL Araxá não representa "a direita" da cidade

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 22 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jan.


Que o PL (Partido Liberal) é o partido do presidente Jair Bolsonaro, todo mundo já sabe. Mas será que o PL só abriga pessoas que realmente representam os valores e princípios da direita brasileira?


Antes de chegar a essa questão, é importante mencionar algo surpreendente.


Nas eleições municipais deste ano, marcadas para o próximo dia 6 de outubro, o PT (Partido dos Trabalhadores), liderado pelo comunista Lula, e o PL, que conta com Jair Bolsonaro e outros grandes nomes da direita brasileira, como os deputados Gustavo Gayer, Bia Kicis e Nikolas Ferreira, estão no mesmo palanque em 85 cidades do país.


Em 12 dessas cidades, o PT apoia candidatos do PL. Por outro lado, o PL apoia candidatos do PT em três cidades. Além disso, os dois partidos fazem parte da mesma coligação em outros 70 municípios.


Esses fatos deixam evidente que nem todos no PL defendem os valores e princípios da direita brasileira, como muitos acreditam.


E em relação a Araxá? Será que apoiar o PL local significa fortalecer a direita?


O PL em Araxá foi entregue a um grupo político que pode ser descrito como um "centrão fisiológico", formado por políticos de carreira que evitam tomar posições claras em questões importantes.


Por exemplo, o deputado estadual Bosco (Cidadania) ou o vereador Bosco Júnior (PL), já se posicionaram contra a linguagem neutra, o uso de banheiros trans, a descriminalização do aborto ou das drogas? Eles já defenderam publicamente que um homem que por se declarar se sentir uma mulher não deveria dividir um banheiro público com esposas ou filhas de outras pessoas? Algum dos dois já repudiou a imposição da linguagem neutra, que enfraquece a língua portuguesa e está sendo forçada na sociedade brasileira? Algum deles manifestou forte oposição ao avanço da agenda pró-aborto ou denunciou a perseguição constante que a direita brasileira enfrenta?


Além disso, o PL de Araxá formou uma coligação com o partido Cidadania, que já foi conhecido como Partido Popular Socialista (PPS), criado a partir de movimentos ligados ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), uma seção da Internacional Comunista. Em outras palavras, o Cidadania tem raízes comunistas.


Esse mesmo Cidadania é aliado do PSD (Partido Social Democrático), liderado por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que até agora não tomou nenhuma atitude contra os graves abusos cometidos por Alexandre de Moraes, conforme já exposto pela Folha de São Paulo.


Portanto, mesmo que o PL seja o partido de Jair Bolsonaro e seus principais aliados, em Araxá, apoiar o PL local não significa fortalecer a direita brasileira.

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