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Partidos de esquerda são oposição a Bolsonaro

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 16 de ago. de 2022
  • 6 min de leitura

Atualizado: 24 de ago. de 2022

Conheça quais são os partidos brasileiros do espectro político à esquerda que são oposição ao Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados e no Senado Nacional.



Nos últimos três anos e meio, assistimos o Governo do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) tentar aprovar inúmeras leis que foram barradas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Isso porque, como dizia o brilhante filósofo Olavo Luiz Pimentel de Carvalho, em 2018 o Brasil elegeu a cereja do bolo, mas esqueceu-se da massa do bolo.


Para não cometermos esse erro de novo, o eleitor que quer reeleger o presidente Jair Bolsonaro precisa estar atento para não votar para os demais cargos candidatos que estão em partidos do espectro político à esquerda e fazem oposição ao presidente Bolsonaro.


O Brasil possui atualmente 32 partidos políticos com registro válido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um partido político é criado para representar uma ideologia, ou seja, uma forma de pensamento político que representa um grupo de pessoas. Além disso, de acordo com a Lei dos Partidos Políticos (lei nº 9.096/95), a criação deles é destinada a garantir o sistema representativo, através da eleição de representantes que devem trabalhar durante seus mandatos para assegurar os interesses e os direitos dos cidadãos.


Direita e esquerda são expressões usadas para se referir ao posicionamento político que é adotado por uma pessoa ou por um partido. Estes termos representam o conjunto das ideias políticas, econômicas e sociais que são sua referência.


De forma geral, os princípios da ideologia de direita são relacionados à garantia das liberdades individuais das pessoas e são refletidos em vários aspectos da sociedade. A ideologia política de direita defende que o poder de controle do Estado (governo) sobre as decisões individuais seja reduzido e limitado, permitindo mais autonomia individual aos cidadãos. Ao contrário do pensamento da ideologia de direita, a esquerda defende que o Estado deve ter mais controle sobre a vida das pessoas e os cidadãos devam ter menos decisões individuais a tomar.


Conheça quais são os partidos brasileiros do espectro político à esquerda que fizeram oposição ao Governo Bolsonaro na Câmara Federal e no Senado Nacional:


PDT (número 12)

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) é uma das principais frentes da esquerda brasileira. Fundado em 1979, tinha como objetivo reavivar o PTB criado pelo ditador fascista Getúlio Vargas, presidido por João Goulart. Um dos seus filiados mais representativos e conhecidos, especialmente no Nordeste do país, é Ciro Gomes (atual vice-presidente do partido, ex-ministro da Fazenda do Governo Lula e ex-governador do Ceará).


PT (número 13)

O Partido dos Trabalhadores (PT) foi criado na década de 80 em oposição ao Regime Militar. Desde a sua fundação, apresenta-se como um partido de esquerda que defende o socialismo como forma de organização social. Foi o primeiro partido esquerdista a comandar o Executivo brasileiro, quando Luis Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do país em 2003.


MDB (número 15)

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foi, até o advento de Figueiredo, o único partido de oposição tolerado pelo regime militar. O partido da situação era a ARENA (Aliança Renovadora Nacional). Se o governo militar era, como se afirma, uma ditadura de direita, aqueles que lhe faziam oposição reuniam as forças de esquerda, principalmente. Tanto é verdade que o MDB é de esquerda que Dilma Rousseff utilizou como seu vice um de seus gurus, Michel Temer, em dois mandatos.


PSTU (número 16)

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) admite ser de extrema-esquerda. Foi fundado em 1994 e registrado definitivamente em 1995. Se auto declara socialista e revolucionário. O partido defende que uma revolução socialista, apoiada na mobilização e na organização dos trabalhadores e trabalhadoras pode dar fim ao que acreditam ser um sistema de exploração e opressão e abrir caminho para a construção do socialismo.


Rede (número 18)

A Rede Sustentabilidade (REDE) é um partido político brasileiro liderado por Marina Silva. Com figuras que vão da centro-esquerda à extrema-esquerda, contando também com quadros pontuais da esquerda socialista (como a porta-voz Heloísa Helena, uma das fundadoras do PSOL), o partido se auto-define como "humanista e ambientalista". Foi fundado em fevereiro de 2013 e registrado em setembro de 2015.


PCB (número 21)

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) se define como um partido de militantes e quadros revolucionários que se formam na luta de classes, na organização do proletariado e no estudo das obras de Karl Marx e Friedrich Engels. Sua base teórica para a ação prática é o marxismo-leninismo, que se pauta nos princípios desenvolvidos por Vladimir Lênin. Foi fundado em março de 1922 e registrado em maio de 1985.


Cidadania (número 23)

O Cidadania é um partido político de alinhamento entre a centro-esquerda e a extrema-esquerda. Foi fundado e registrado em 1992 com o nome Partido Popular Socialista (PPS), sendo uma iniciativa de parte dos membros do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Em março de 2019, alterou o nome para Cidadania, oficializado pelo TSE em setembro.


PCO (número 29)

O Partido da Causa Operária (PCO) se auto-declara de extrema-esquerda. Foi fundado em 1995 por dissidentes da Causa Operária (CO) filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT). A Causa Operária (CO) era uma organização de esquerda marxista, de orientação trotskista, atuante no Brasil entre os anos 1980 e 1990. O partido ainda se mantém como em sua origem como uma organização de esquerda marxista, de orientação trotskista.


PMN (número 33)

O Partido da Mobilização Nacional (PMN), de alinhamento ideológico de centro-esquerda, foi criado em abril de 1984 como um movimento nacionalista. Sua transformação em partido político se tornou possível a partir da aprovação em maio de 1985 da Emenda Constitucional nº 25, que, além de legalizar os partidos comunistas, permitiu a apresentação na eleição seguinte de candidatos de partidos ainda em formação. Seu registro definitivo junto ao TSE seria obtido em 25 de outubro de 1990. Segundo seu manifesto, o partido nascia “com a missão de dar continuidade ao único projeto político da nossa história, a Inconfidência Mineira”. O partido adotou como patrono Tiradentes e como símbolo a bandeira dos Inconfidentes.


PSB (número 40)

O PSB (Partido Socialista Brasileiro) é associado ao centro-esquerdismo, principalmente por pregar e defender a ideologia social-democrática. O grupo político foi criado em 1947 e tem maior representatividade nas câmaras de deputados e de vereadores. O nome mais famoso do partido é, certamente, Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo, em 2014. No mesmo ano, ele seria candidato à presidência da República.


PSDB (número 45)

Sempre houve dúvidas de qual o espectro político do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Apesar do próprio partido ter-se posicionado à direita por conveniência, desde suas origens seu espectro sempre esteve à esquerda.

No livro “Igreja e anti-Igreja: teologia da libertação”, de Paulo Rodrigues, escrito nos anos 80, Fernando Henrique Cardoso (um dos fundadores da sigla) é citado como “intelectual de esquerda”. E nos anos 90, já com FHC presidente, o jornal carioca Tribuna da Imprensa publicava regularmente artigos indignados assinados pelo General Tasso Vilar de Aquino. E este articulista, analisando a situação do nosso país, sempre definia o governo FHC como “de esquerda radical”.

Outro expoente da sigla é o neto de Tancredo, Aécio Neves que em maio de 1985, chefiou a delegação brasileira no Congresso Internacional da Juventude, um evento realizado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), onde também foi nomeado o presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude.

Portanto, no espectro político-ideológico a sigla encontra guarida no centro-esquerda.


PSOL (número 50)

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) é relativamente novo, já que foi criado em 2004, mas vem crescendo e incomodando partidos mais tradicionais, adotando uma postura que fala diretamente com minorias e jovens, pregando ideologias associadas à esquerda e extrema-esquerda. Entre os principais filiados, destaque para Heloísa Helena (presidente do partido), Plínio de Arruda Sampaio (ex-deputado federal), Luciana Genro (ex-deputada federal) e Marcelo Freixo (deputado estadual do Rio de Janeiro).


PCdoB (número 65)

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é um partido político brasileiro de esquerda a extrema-esquerda baseado ideologicamente nos princípios do marxismo-leninismo. Foi criado em 1958 como uma dissidência alinhada ao stalinismo dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que, àquela época, apoiava as reformas defendidas por Nikita Khrushchov durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 1956 e que, mais tarde, ficaram conhecidas como desestalinização. Desde o seu surgimento, o PCdoB seguiu diversas linhas políticas baseadas em distintas experiências comunistas pelo mundo. Nos anos 1960, adotou a linha maoista (alinhando-se com o Partido Comunista da China) e passa a praticar a tática de guerrilhas (o PCdoB é famoso pela atuação na Guerrilha do Araguaia). Em 1978, passou a reivindicar o comunismo da Albânia (Hoxhaísmo).


Solidariedade (número 77)

O Solidariedade (SDD) é um partido político de centro-esquerda do Brasil fundado em 2012 e registrado oficialmente em 2013. Sua base ideológica está alicerçada na social-democracia, no humanismo universalista, no sindicalismo, trabalhismo e socialismo democrático. Seu presidente nacional e principal líder é Paulinho da Força, sindicalista e presidente licenciado da Força Sindical.


UP (número 80)

Unidade Popular (UP), ou ainda Unidade Popular pelo Socialismo, é um partido político brasileiro de extrema-esquerda fundado em 2014 e registrado oficialmente em 2019. Tem por objetivo apoiar a luta pelo socialismo no Brasil e promover a unidade das forças populares para intervir no processo político do país. O partido se orienta pelos princípios e pela teoria do socialismo científico. Entre suas principais defesas, o partido apoia o controle social da economia, a nacionalização da terra e o fim do monopólio privado, estatização de todos os meios de transporte coletivo e a democratização dos meios de comunicação.

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