PC realiza operação para apurar crimes eleitorais
- Gi Palermi
- 8 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Um vereador eleito e os respectivos assessores foram afastados do Poder Legislativo por tempo indeterminado.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, nesta segunda-feira (8/3), uma operação com o objetivo de apurar crimes eleitorais ocorridos nas últimas eleições municipais em Araxá.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra um vereador e o assessor dele. Durante as buscas, foram apreendidos celulares, notebooks e diversos documentos que serão periciados e usados nas investigações.
Poder Legislativo
A Câmara Municipal de Araxá divulgou uma nota de esclarecimento informando que recebeu uma decisão judicial proferida pelo juiz Renato Zoain Zupo, determinando o afastamento do vereador Ricardo Assis Gianvechio, conhecido como Doutor Zidane (PP), e de seus respectivos assessores. O afastamento é por tempo indeterminado e até segunda ordem da Justiça.
A nota esclarece ainda que a Presidência da Casa acatou a decisão e aguarda nova deliberação do processo envolvendo as partes.
Investigações
O delegado regional Vítor Hugo Heisler informou que este inquérito teve início durante investigações de venda de CNHs falsas. Durante a perícia de um celular de um dos suspeitos envolvidos foram colhidos indícios de uma eventual compra de votos durante o período eleitoral. "Com base nesses dados e depoimentos dessa pessoa e de outras provas colhidas, foram tomadas essas providências", informou o delegado regional.
De acordo com o delegado Conrado Costa da Silva o inquérito foi desmembrado em outros três, sendo um deles a prática de crimes eleitorais. Até o momento, foram ouvidas mais de 10 pessoas que receberam algum tipo de vantagem em troca de votos. Ainda segundo o delegado, há conversas que comprovam que o parlamentar tinha pleno conhecimento do que o assessor estava fazendo.
O outro lado
O vereador afastado Ricardo Assis Gianvechio, conhecido como Doutor Zidane (PP) disse que se defendeu e contestou, dizendo que não houve compra de votos. “Contestei todos os fatos, porque não existiu compra de votos. Não foi uma nem duas vezes que eu me reuni com os meus apoiadores para falar sobre licitude. As pessoas que trabalham comigo sabem que eu sou muito criterioso quanto a isso. Jamais imaginaria que eu poderia estar vivendo esse momento agora e tendo que provar a minha inocência por uma coisa que eu sempre bati que foi a honestidade por conta da democracia”, se defendeu Doutor Zidane.
***com Ascom PMA e CMA
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