top of page

Prefeitura em recesso: quem paga a conta é o cidadão

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 16 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Desde o dia 11 de dezembro, a Prefeitura de Araxá, sob a administração de Robson Magela, fechou os setores administrativos. Apenas a Unidade de Pronto-Atendimento (a UPA de Araxá), os Ambulatórios de Emergência (as AMEs 24 horas) e as Unidades Básicas de Saúde (as UBS's) estão funcionando com uma escala de rodízio entre os servidores.


Diferentemente do rodízio parcial que costumava ser feito nessa época, apenas nas duas semanas que envolvem o Natal e o Ano-Novo, neste ano o recesso começou no dia 11 de dezembro e a medida já está prejudicando os moradores.


Com vários serviços essenciais parados, muita gente tem enfrentado dificuldades. Essa situação levanta dúvidas sobre o planejamento da administração municipal abrindo um recesso tão prolongado.


Problemas na assistência social


Para se ter uma ideia, na última semana, uma idosa foi ao INSS para resolver questões do seu Benefício de Prestação Continuada (o BPC/Loas), mas não conseguiu porque precisava atualizar o cadastro em um dos Centros de Referência de Assistência Social.


O problema é que todos os quatro CRAS da cidade estão fechados desde o dia 11 e só vão reabrir em 2 de janeiro. Sem isso, ela não pôde receber o benefício, o que trouxe muita preocupação, já que o dinheiro é essencial para suas despesas neste fim de ano.


Falta de segurança no aeroporto


Outro problema é o aumento da criminalidade no aeroporto municipal Romeu Zema. Sem segurança no local, vândalos têm invadido a área para roubar motocicletas que ficam apreendidas em um pátio credenciado ao Detran que é adjacente ao aeroporto municipal.


A Secretaria de Serviços Urbanos poderia refazer os alambrados e muros que foram destruídos pelos vândalos, e, a de Segurança Urbana, poderia enviar a guarda municipal para o local. Mas ambas também estão em recesso até 2 de janeiro.


Como a população ficou desamparada, os moradores da região tentam se organizar para vigiar o local por conta própria. Uma solução improvisada e perigosa para uma situação que deveria ser tratada com mais seriedade pelo poder público.


O que isso mostra?


Fechar os serviços da prefeitura por mais de 20 dias, sem um esquema para atender as necessidades mais urgentes da população, é algo incomum e questionável. Outras cidades conseguem organizar revezamentos entre os servidores para garantir que os órgãos públicos não parem.


A decisão parece não ter levado em conta as dificuldades que isso causaria para quem depende de equipamentos públicos.


Por enquanto, os moradores de Araxá seguem enfrentando os problemas enquanto esperam que a prefeitura reveja suas ações e se prepare melhor para lidar com períodos como esse no futuro.

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments


Mais recentes

Arquivo

bottom of page