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General quebra narrativa do suposto golpe

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 19 de mai.
  • 2 min de leitura

Em um depoimento fechado ao público e cercado de tensão, o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, refutou diretamente as alegações sustentadas pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República sobre um suposto plano golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A oitiva aconteceu nesta segunda-feira (19.mai.2025), na Primeira Turma do STF, com severas restrições para a imprensa, por ordem de Alexandre de Moraes — que vetou gravações e restringiu a entrada de jornalistas.

 

Diante dos ministros da Corte, Freire Gomes foi enfático ao negar que tenha dado “voz de prisão” a Bolsonaro, contrariando informações que circularam na mídia a partir de vazamentos da própria investigação.


“Chegaram a dizer que eu mandei prender o presidente. Isso nunca aconteceu”, afirmou.

Sobre a chamada “minuta de GLO”, o general classificou o documento como genérico, sem validade jurídica e “vazio de conteúdo”. Ele também declarou que não conhecia Filipe Martins e disse desconhecer a autoria de Anderson Torres em relação ao texto.

 

O clima esquentou quando Moraes acusou o general de mentir.


“Ou o senhor mentiu para a polícia, ou está mentindo aqui”, disparou o ministro, em tom hostil.

A defesa de Freire Gomes pediu então que fossem lidos trechos do depoimento prestado à Polícia Federal, o que irritou ainda mais Moraes. “Não posso acreditar que o senhor não tenha discutido com seu cliente o que ele disse na PF”, reagiu o magistrado, dirigindo-se ao advogado do general.

 

Freire Gomes, com carreira de meio século no Exército, respondeu com firmeza: “Em 50 anos de serviço, jamais menti.”

 

A conduta de Alexandre de Moraes reacende críticas sobre a forma como vem sendo conduzido o processo, visto por muitos como autoritário e desequilibrado. O sigilo imposto à audiência reforça a percepção de que há mais interesse em proteger uma narrativa do que em buscar a verdade.

 

Aos poucos, o discurso oficial vai se desmontando. A cada novo depoimento, ganha força a ideia de que a tentativa de incriminar aliados de Bolsonaro por meio de delações sem provas, versões fantasiosas e decisões concentradas pode estar com os dias contados. E o que ameaça essa engrenagem é justamente o que ela mais teme: a verdade vindo à tona.

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