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Padre Paulo Ricardo está entre monitorados pelo Telegram

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 24 de mar. de 2022
  • 3 min de leitura

Com mais de 90 mil inscritos, canal é alvo de monitoramento a mando de Alexandre de Moraes.


Uma nova decisão autoritária do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, colocou o canal do padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior no Telegram sob monitoramento. O motivo seria o tamanho de sua rede construída na plataforma de mensagens, que passa dos 90 mil inscritos. O clérigo e outras 99 pessoas terão suas redes acompanhadas de perto pelo alto Judiciário brasileiro.


Na decisão que liberou o Telegram para atuar no Brasil, Alexandre de Moraes exigiu que a empresa se comprometesse a monitorar os 100 principais canais brasileiros, o que inclui o do padre que reside em Cuiabá, capital do Mato Grosso do Sul.


Na decisão, Alexandre de Moraes afirma que as medidas de restrição são necessárias para conter a propagação das fake news. Embora seja um conservador, o padre Paulo Ricardo evita se posicionar de forma partidária em defesa de candidatos ou políticos.


Igreja Militante


A Igreja Militante representa o corpo de fiéis peregrinos na terra. Sua missão, além de levar a Luz do Evangelho de Cristo a todos os homens, é também a de lutar o Bom Combate da Fé. Os fiéis, tais e quais ‘Soldados de Cristo’, lutam não apenas para obterem a vitória contra o pecado, mas em defesa da Igreja de Cristo. Devemos nos lembrar, entretanto, que ao contrário do inimigo de Deus, a Igreja Militante pratica o Bom Combate pelo amor e a caridade Cristã.


Padre Paulo Ricardo vive grande parte de sua missão oferecendo cursos de formação filosófica, teológica e cristã através da internet. Além do Telegram, o padre tem um canal no Youtube com 1,3 milhões de inscritos e perfis no Facebook com 1,5 milhões de seguidores e Instagram com 1,2 milhões de seguidores.


Conservadores repudiam monitoramento


Para o vereador Cuiabá Paccola (Cidadania), o STF age de maneira ideológica ao pedir que redes sociais de conservadores sejam monitoradas pelo Telegram e reportadas ao Judiciário brasileiro.


“O STF está agindo, mais uma vez, com ativismo ideológico para travar e bloquear, porque se você fizer qualquer coisa relacionada a gênero, a incitação de qualquer coisa, que seja pro lado que a esquerda faz, de incitação contra as igrejas, contra os preceitos cristãos, nada disso é bloqueado. E do contrário, eles agem de maneira enérgica, inclusive contra o padre, contra qualquer outro que tentar se posicionar com uma pauta um pouco mais conservadora”, disse o vereador.


Fora do limite das leis


Para o advogado Fernando Henrique Leitão, presidente do Instituto Caminhos da Liberdade, o Supremo Tribunal Federal rasga normas jurídicas brasileiras para perseguir conservadores.


“Isto apenas evidencia uma coisa: não estamos mais sob o império da lei, mas sim sujeito aos caprichos de burocratas não eleitos que têm levado o país a níveis de controle e vigilância de um estado policialesco que beira o das piores distopias literárias”, disse o advogado.


O advogado afirma ainda que os ministros do Supremo Tribunal Federal usam a desculpa de combater fake news para perseguir conservadores.


“Com o subterfúgio de combater às “fakenews”, nomenclatura e conceito hediondos, tem-se estabelecido um verdadeiro Ministério da Verdade orwelliano no qual os únicos alvos são aqueles cujo pensamento não se alinha com o “progressismo” — eufemismo, diga-se — reinante entre as elites e o establishment, principalmente contra católicos e cristãos”, concluiu.


Decisão desproporcional


Já o deputado Gilberto Cattani (PL) afirmou que a decisão é desproporcional e antagônica aos limites da Constituição.


O parlamentar afirmou ainda de que o Supremo Tribunal Federal costuma ser mais leniente com casos que não envolvam a opinião política de conservadores, mesmo que esses casos sejam de corrupção.


“É um absurdo colocar o Padre em monitoramento pela sua opinião pessoal e por opiniões que ele expressa em suas redes, e deixar, por exemplo, um crápula como o Renan Carlheiros sem monitoramento nenhum, sabendo de todos os processos que ele tem junto a Justiça Federal e contra o povo brasileiro”, disse Cattani.

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