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George Soros o inimigo oculto

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 1 de mar. de 2022
  • 9 min de leitura

Com o uso do Estado, suas constantes intervenções e influências nocivas, seu aparelhamento do poder e a fabricação de crises artificiais, Soros provocou boa parte dos problemas hoje enfrentados pelos ucranianos.


Na Ucrânia está se desenrolando mais do que uma guerra entre dois países. Está ocorrendo um conflito entre dois esquemas de poder global. Muito provavelmente você não lerá essas informações em nenhum outro lugar. Elas são proibidas para a mídia comum – e, à frente, você vai entender por quê.


George Soros é um dos homens que manda no mundo através do dinheiro. Ele é um bilionário e um metacapitalista. Sua fortuna já superou o PIB de 42 países membros da ONU – já esteve avaliada em 25,2 bilhões de dólares.


Metacapitalistas são empresários e investidores que já enriqueceram tanto, tanto!, que não aceitam que outras pessoas concorram com eles. Para evitar isso, eles dominam e destroem países e economias.


Soros é um dos mais importantes membros da elite globalista ocidental e criou a Open Society, sua fundação pessoal, com tentáculos no mundo inteiro. Através da Open Society, George Soros financia ativistas, partidos políticos, ONGs e corporações midiáticas. Cada um desses agentes exerce pressão para inocular na sociedade e nos órgãos do Estado as pautas políticas que ele define.


E é por isso que as corporações de mídia nunca vão tratar desse assunto.


Nigel Farage, político britânico, líder do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) declarou:


“George Soros recentemente doou para a Opens Society 18 bilhões de dólares. A sua influência aqui (na Inglaterra) e em Bruxelas (onde está a sede da União Eropéia) é verdadeiramente extraordinária. Eu receio que possamos estar observando o mais grandioso conluio político internacional da história”.


Soros nasceu em 1930, em Budapeste, na Hungria, de família judaica. Durante a Segunda Guerra Mundial, para fugir dos nazistas, seu pai o entregou a um padrinho, com uma identidade falsa. Como parte de seu disfarce, Soros passou a auxiliar os nazistas no confisco de propriedades de outros judeus. Algo que, ele mesmo diz não lhe causa nenhum peso na consciência.


Em uma entrevista com Steve Kroft ao programa 60 minutos em 20 de dezembro de 1998 quando é perguntado: “por exemplo, eu sou judeu e estou vendo essas pessoas morrendo e poderia ser eu no lugar delas. Eu deveria estar no lugar delas. Nada?”


Ao que George Soros responde: “Bem, é claro que poderia ser eu ali, eu poderia ter sido, em algum momento, levado no lugar deles. Mas não faz nenhum sentido que eu estivesse lá, porque... eh... Bem, na verdade, é engraçado, é como nos mercados... Se não fosse eu ali, eu não estaria fazendo aquilo, mas outra pessoa estaria fazendo de qualquer jeito. Estivesse eu lá ou não, eu era apenas um espectador, as propriedades seriam tiradas do mesmo jeito. Então, eu não tive papel em pegar aquelas propriedades, então eu não sinto culpa”.


Soros investe em partidos e organizações de esquerda no Ocidente, além da difusão de pautas culturais contrárias aos valores judaico-cristãos. Na mesma linha do marxismo cultural, ele age assim porque acredita que é preciso destruir a cultura para criar o caos. Pois sabe que quando o caos é criado, ocorrem crises econômicas e falências. É nesse momento que os especuladores como ele próprio compram tudo a preço de banana.


Isso explica por que os bilionários metacapitalistas financiam os esquerdistas ocidentais.

Durante uma campanha Hillary Clinton declarou:


“Nesse momento, nosso país precisa de nós. E, nós precisamos de pessoas como George Soros. Pessoas que são destemidas e se levantam quando isso é necessário. Então, por favor, juntem-se a mim e vamos saudar George Soros!”


Soros foi um dos financiadores das campanhas de Barak Obama e também da campanha de Hillary Clinton contra Donald Trump. Ele é um dos grandes apoiadores do Partido Democrata nos Estados Unidos.


George Soros e a Guerra na Ucrânia


Após a queda da URSS, George Soros fez da Ucrânia um dos seus laboratórios de ativismo político.


Em 1990, Soros estabeleceu na Ucrânia uma das filiais da Open Society: a fundação Renaissance – “renascimento”. Em um país recém-independente da União Soviética, a fundação alegava ter o propósito de auxiliar em reformas estruturais e econômicas.


A Renaissance já investiu mais de 80 milhões de dólares na Ucrânia e possuiu toda uma rede de tentáculos por financiamento em ONGs, ativistas políticos e corporações de mídia no país. Só no ano de 2019, foram 7,8 milhões de dólares, alegadamente em áreas como “direitos humanos”, “saúde e direitos” (aqui entra o aborto), “igualdade e combate à discriminação” – em suma, pautas identitárias como as que também vemos aqui no Brasil.


O próprio site da fundação Renaissance afirma que a associação investe na criação de novas estruturas de governo e na formação de pessoas para ocupar esses cargos com a defesa dessas pautas. E é justamente aí que começa o conflito, porque a criação de funcionários pela Open Society compete diretamente com a burocracia russa.


Não esqueça que, até ontem, a Ucrânia era membro da União Soviética e, por isso, toda sua estrutura de governo, seus políticos tradicionais, seu establishment burocrático era formado por russos.


O conflito entre as diferentes frentes globalistas na Ucrânia não começou com a guerra das armas: começou na disputa por poder pelas estruturas do novo Estado ucraniano. Ao financiar a substituição das estruturas de governo por tentáculos da Open Society, George Soros e os globalistas ocidentais aliados a ele entram em conflito direto com as estruturas russas já estabelecidas ali. E isso é o prelúdio da guerra.


Disputa por poder


Isso explica um pouco das atitudes de Vladimir Putin, que não quer deixar o Estado ucraniano ser totalmente independente da Rússia – um dos motivos pelos quais ele está avançando para Kiev, para remontar um governo com estruturas amigas de Moscou.


Do outro lado, Soros quer um governo mantido entre os tentáculos da Open Society – e, para isso, ele usa não só a sua própria rede de associações no país, mas também no exterior, especialmente a sua influência em organizações internacionais. E, para isso, ele se aproveita de um medo legítimo do povo ucraniano. O medo de perderem sua independência e voltarem a ser um Estado-satélite da Rússia – os ucranianos sofreram muito sob o julgo da União Soviética.


O desejo de aproximarem-se da União Européia manifestado pelos ucranianos não é por outro motivo: é medo da Rússia.


Da mesma forma que a Hungria, a Polônia, a República Tcheca e outros países do Leste Europeu libertados da URSS, eles preferem suportar e lutar, contra os globalistas ocidentais dentro da própria União Européia do que cair de novo nas mãos da Rússia.


Soros aproveita-se desse temor legítimo dos ucranianos para jogar com eles, oferecendo apoio para o ingresso na União Europeia, enquanto impõe suas próprias estruturas através da Open Society.


Toda história recente da Ucrânia é marcada por esse conflito entre, de um lado, ingressar na União Europeia para se afastar da Rússia e, do outro, voltar a ser apenas um Estado- satélite dos russos. E Soros esteve no meio, usando o desejo e o temor dos ucranianos e financiando cada ativista político que trabalhasse para afastar de Moscou – e, ao mesmo tempo, pedir a bênção à Open Society.


Revoluções na Ucrânia


Entre 2004 e 2005, George Soros financiou a Revolução Laranja na Ucrânia, para impedir que o político pró-russo Viktor Yanukóvytch assumisse o poder. Os ucranianos conseguiram, com isso, realizar um novo pleito, que acabou elegendo como Presidente Viktor Yuschenko. E ele era mais próximo do Ocidente.


Posteriormente, o mesmo Yanukóvytch, derrotado em 2004, venceu as eleições em 2010. E, ele era mais próximo da Rússia. Mesmo assim, por pressão popular, Yanukóvytch deu início a um pedido de associação da Ucrânia à União Europeia. Putin interveio para impedir o seu amigo de afastar-se. Ele foi bem persuasivo oferecendo vantajosos acordos comerciais. Naquele ano, Moscou emprestou 15 bilhões de dólares a Kiev além de baratear o gás. Yanukóvytch, então, suspendeu o procedimento de associação com a União Europeia.


E, exatamente como em 2004, novos protestos e uma nova Revolução irrompeu na Ucrânia em 2013-14. A Euromaidan tinha esse nome por causa da praça Maidan, em que aconteceu. E, claro, Soros financiou ativistas políticos e agitadores na Euromaidan, para inflamar o público (semelhante ao que foi feito no Brasil com os black blocs em junho de 2013). No final, mesmo Yanukóvytch tendo concordado com todos os termos dos manifestantes e feito um acordo com eles, a ordem era derrubá-lo.


Ele foi deposto. O fim do seu governo e a instabilidade civil levou Putin à sua primeira incursão no país, para anexar a Criméia.


Soros é acostumado a financiar revoluções. Ele fez a mesma coisa na Geórgia, outra ex-república soviética, em 2003, para derrubar o governo de Eduard Shevardnadze. Em seu lugar, conseguiu colocar um político financiado por ele: Mikheil Saakashvili. Essa foi a Revolução das Rosas.


E, da mesma forma que fez na Criméia, a Rússia invadiu a Geórgia em 2008 e pegou duas regiões separatistas: Abecásia e Ossétia do Sul. E esses paralelos mostram como os movimentos globalistas seguem um padrão.


Voltando à Ucrânia, após a Euromaidain, Soros conseguiu implantar um governo amigo na Ucrânia. Com a deposição de Yanukóvytch foi eleito presidente o bilionário Petro Poroshenko. Amigo de Soros, Poroshenko trata logo de honrá-lo com a mais alta condecoração da Ucrânia. A Ordem da Liberdade. E para surpresa de zero pessoas, Poroshenko também encarrega a Open Society de atuar na reformulação do Estado ucraniano após a Euromaidan.


Um círculo de horror


Você deve estar se perguntando:


“Mas por que George Soros atua tão ativamente na política, derrubando e criando governos, destruindo e reescrevendo culturas?”


Um dos motivos é fabricar mais dinheiro.


George Soros foi aluno do filósofo austríaco Karl Popper, autor de “A Sociedade Aberta e seus inimigos”.


Foi baseado nas idéias de Popper que Soros criou a teoria da reflexividade dos mercados. Essa teoria diz basicamente que uma narrativa calculada deverá influenciar a mente das pessoas. Essa influência provocará uma reação política. Essa reação transformará a narrativa em realidade. E por fim a nova realidade criada vai gerar dinheiro para o seu criador.


Aplicando sua teoria, Soros interfere na política de vários países e influencia pautas identitárias, culturais e educacionais subversivas, para modificar estruturas e... transformar narrativa em realidade.


Criar a crise para especular em cima dela.


Na entrevista ao programa 60 minutos em dezembro de 1998 George Soros se define: “Eu existo, basicamente, para fazer dinheiro. Eu não posso e não vou olhar para as conseqüências sociais do que eu faço.”


Em 2019, porém, um fato inusitado acontece... O presidente o bilionário Petro Poroshenko perde as eleições presidenciais para Volodymyr Zelenskyy. Por uma diferença expressiva o povo elege Zelenskyy.


Volodymyr Zelenskyy é uma controversa personagem que, como Donald Trump nos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro no Brasil, foi eleito pelo cansaço das pessoas com os políticos tradicionais. É um outsider que conseguiu apoio popular massivo por ser personalidade televisiva e também algum apoio de oligarcas locais (o que seria o “Centrão” da Ucrânia).


Ao mesmo tempo, ele não tem pessoas ou força real para desmontar o establishment político já existente e firmemente enraizado em seu lugar por várias décadas de sedimentação. Seja o establishment russo, seja o da Open Society. É por isso que Zelenskyy tenta se associar com Donald Trump imediatamente, para ter algum apoio externo.


Já por outro lado, Joe Biden o odeia pessoalmente, pois Zelenskyy quis auxiliar na investigação dos negócios da família Biden, (através de seu filho, Hunter Biden) na Ucrânia – o escândalo da empresa de energia Burisma, uma longa história até hoje inexplicada, que não dá para tratarmos aqui.


Enquanto isso, Poroshenko encontrava-se com Soros em Londes, para falar sobre Zelenskyy, a quem Soros quer tratar de derrubar logo. Imediamente após o encontro, no fim de 2019, começam a pipocar greves e convocações de uma “nova Maidan” contra Zelenskyy, afirmando que ele era pró-russo.


O desenho do cenário para cada um dos lados do jogo pelo poder era: Para Vladimir Putin, Zelenskyy é um nazista ocidental. Para George Soros, Zelenskyy é pró-Putin. Para Joe Biden, Zelenskyy é trumpista.


Mas, como ele não pode ser todas essas coisas ao mesmo tempo, parece-me que não é nenhuma delas. Parece-me que Volodymyr Zelenskyy é um outsider, sem estruturas políticas e culturais fortes para mudar as que já existem, cuja queda serviria aos dois lados. Se Putin derrubar Kiev, Zelenskyy cai e pode ser substituído por um governo amigo de Moscou.


Se não derrubar, a crise a instabilidade ocasionadas pela guerra e as tratativas para ingresso na União Europeia poderão ser aproveitadas por Soros para fomentar a “nova Maidan” (como ele já queria) e derrubar o governo outra vez, substituindo Zelenskyy (quem sabe até culpando-lhe pela guerra...)


Soros continua dizendo que está “apoiando a Ucrânia”, mas foi o seu uso do Estado ucraniano, suas constantes intervenções e influências nocivas, seu aparelhamento do poder e a fabricação de crises artificiais que provocaram boa parte dos problemas hoje enfrentados pelos ucranianos.


Apenas a formação de uma nova elite ucraniana, intelectualmente preparada, culturalmente forte e politicamente orientada, sem fidelidades russas e sem lealdades a Soros, mas genuinamente nacional, poderia fazer a Ucrânia tirar algo melhor dessa situação grave e evitar que o país saísse dessa para novamente cair nos tentáculos do Inimigo Oculto.


Em um trecho da entrevista de 20 de dezembro de 1998 ao programa 60 minutos Steve Kroft pergunta: “Você é religioso?”


Soros responde: “Não.”


Steve Kroft pergunta: “Você acredita em Deus?”


Soros responde: “Não.”

Por Taiguara Fernandes

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