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A fantasia imposta e o silêncio da razão

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 16 de abr.
  • 3 min de leitura

Você já brincou de faz de conta?

Na infância, é comum pegarmos as roupas do pai, da mãe, dos irmãos mais velhos e nos transformarmos em heróis, princesas, médicos ou astronautas. Essa imaginação fértil é saudável, faz parte do crescimento e do desenvolvimento da criança. O problema começa quando essa fantasia infantil é levada para a vida adulta — e pior, quando se exige que toda a sociedade entre nesse faz de conta como se fosse verdade absoluta.

Dizer que homem é homem e mulher é mulher não é ofensa. É constatação. É ciência. É bom senso. Mas hoje, afirmar o óbvio virou motivo de censura. A agenda identitária quer que a realidade dobre os joelhos diante da vontade individual. Se um homem decide se vestir como mulher, mudar seu nome, fazer cirurgias, tomar hormônios e afirmar que "se sente" uma mulher, essa é uma escolha pessoal. Mas exigir que todos ao redor aceitem essa fantasia como realidade é ultrapassar o limite do respeito para cair no território da imposição.

Foi o que aconteceu hoje (16.abr.2025) quando as deputadas trans Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) divulgaram que tiveram seus vistos atualizados pela embaixada dos Estados Unidos para o sexo masculino. Não foi uma declaração política, foi um reconhecimento documental baseado em informações concretas.


Ambas nasceram homens e mesmo após se declararem mulheres, foram reconhecidas pela embaixada dos Estados Unidos como do sexo masculino na emissão dos vistos diplomáticos. Isso causou escândalo entre os militantes, mas o fato é que os EUA não cometeram transfobia. Apenas lidaram com a realidade documental e biológica.


E a reação? Uma enxurrada de indignação por parte daqueles que vivem tentando reescrever a natureza com tinta ideológica.

Vivemos tempos em que a verdade virou ofensa, e a biologia, que antes era lição de ciências no ensino fundamental, passou a ser vista como discurso de ódio. Dizer que homem é homem e mulher é mulher se tornou quase um ato de rebeldia em meio a uma sociedade que tem confundido respeito com obediência cega a ideologias.

Não se trata de transfobia, nem de preconceito. Trata-se de enxergar o óbvio e se recusar a participar de um teatro onde a plateia é obrigada a aplaudir a ilusão. Se um homem, por decisão pessoal, decide se vestir como mulher, mudar o nome, fazer cirurgias e tomar hormônios, essa escolha é dele. Mas esperar – ou pior, exigir – que todos ao redor entrem nessa fantasia como se fosse realidade, isso sim é uma violação de direitos.

Foi nesse ponto que chegamos. Um faz de conta institucionalizado, sustentado pelo medo de ser chamado de “intolerante”. Mas a verdade não deixa de ser verdade só porque dói. E a realidade biológica é clara: existem dois sexos. Só dois. Com cromossomos diferentes, corpos diferentes, hormônios diferentes e funções distintas. Isso não é opinião. É ciência.

E quando até mesmo órgãos oficiais começam a esbarrar nessa realidade, a máscara escorrega.

É claro que cada pessoa deve ser tratada com respeito. Mas respeito não significa submissão a delírios. Um homem pode até se identificar como mulher, mas isso não o transforma em uma. Pode se operar, se maquiar, mudar o nome e conseguir alterar documentos em seu país — mas o DNA, o sistema reprodutivo, a estrutura óssea, tudo continua apontando para o que ele é: um homem.

A liberdade de um indivíduo não pode ser usada como arma para calar a consciência alheia. E não é possível construir uma sociedade saudável quando se exige que todos neguem a realidade para agradar a uma minoria barulhenta. Aceitar os fatos não é preconceito. É maturidade. É lucidez.

O bom senso precisa voltar a ser a base da convivência. Afinal, se o que é real começa a ser chamado de “ódio”, então estamos flertando com uma tirania que não apenas manipula as palavras, mas tenta reprogramar até o que é evidente aos olhos de uma criança.

E isso não é progresso. É loucura com crachá de virtude.

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