A idolatria moderna e a miséria da alma sem Deus
- Gi Palermi
- 3 de mai.
- 2 min de leitura
Vivemos tempos estranhos. Tão estranhos que milhares de pessoas se reúnem neste sábado (03.mai.2025) em Copacabana para cultuar uma estrela pop que se autodenomina “mãe monstro” e chama seus seguidores de “pequenos monstros”. E o mais chocante: eles aceitam isso com orgulho. Se identificam com a feiura, com o grotesco. Perderam a referência do que é belo, do que é nobre.
Mas por que chegamos a esse ponto?
A resposta pode estar na superficialidade — uma superficialidade tão bem arquitetada que já parece natural. A nova engenharia social brasileira e global sabe exatamente o que faz: promove uma cultura rasa, imediatista, baseada na aparência e nas emoções. Quanto mais rasa a alma, mais fácil ela se entrega ao mal. Quanto mais superficial o indivíduo, mais ele será manipulado por seus desejos, por suas carências, por suas vaidades. Pessoas vazias são facilmente preenchidas por qualquer coisa, inclusive pela idolatria ao grotesco.
Gente dormindo na praia há dias, usando fraldas geriátricas, sem comer ou beber, tudo para garantir um lugar "privilegiado" na areia. E quando a fralda fica cheia de fezes, é jogada ali mesmo, na praia. Que nível de desumanização é esse? Quando foi que a idolatria da cultura pop virou justificativa para se renunciar à própria dignidade?
Isso não é sobre música, é sobre um sistema que doutrina uma geração inteira a viver pela emoção, não pela razão. Pela imagem, não pela verdade. Pessoas vestidas de monstros, com chifres, roupas bizarras, cultuando uma figura pop como se fosse uma entidade divina. Isso não é entretenimento — é um sintoma de um mundo que trocou a beleza pelo grotesco, a fé pela idolatria, o Criador pela criatura.
O problema não é Lady Gaga. O problema é uma sociedade que perdeu o senso. Estamos vivendo um tempo em que se confunde liberdade com loucura, expressão com perversão, amor com carência, arte com blasfêmia. Um tempo em que um vestido feito de carne crua vira símbolo fashion, e a cruz de Cristo, escárnio. E tudo isso acontece com o aplauso de autoridades, que enxergam apenas lucro, e não a ruína moral envolvida. Secretários celebram os milhões que esse evento movimenta, como se lucro justificasse tudo. Para eles, é um espetáculo. Para quem enxerga com os olhos da fé, é um alerta.
E se continuarmos nesse caminho, não seremos mais uma sociedade civilizada, mas apenas uma multidão de "pequenos monstros".




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