Ao longo dos papas
- Gi Palermi
- há 2 dias
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Quando nasci, quem ocupava a Cátedra de Pedro era o santo que marcou minha alma para sempre: Karol Wojtyła, o querido João Paulo II. Eleito no dia 16 de outubro de 1978, após três dias de conclave e oito votações, foi o primeiro papa não italiano em mais de quatro séculos. Passei toda minha infância, adolescência e juventude sob seu olhar firme e doce.
Eu o amava com todo o meu coração. Sua coragem diante do comunismo, sua ternura com os jovens, sua firmeza na fé, sua entrega até o fim... tudo nele me encantava.
Chorei sinceramente quando ele partiu, no dia 2 de abril de 2005. Chorei porque compreendia, mesmo jovem, a importância dele — não só para a Igreja, mas para o mundo.
Era um gigante da fé. O céu se abriu naquele dia, e a Terra ficou mais silenciosa.
Poucos dias depois, mesmo com os recursos ainda limitados da época, acompanhei com o coração acelerado o conclave. Foram dois dias de oração e quatro votações, que terminaram em 19 de abril de 2005 com a eleição de Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI.
Quando o vi surgir na sacada, com seu olhar tímido e inteligente, senti algo profundo: amor à primeira vista. Eu o amei instantaneamente. Sua sabedoria me acalmava, sua doçura me tocava. Era como um pai silencioso, que ensina com a profundidade do olhar.
Quando ele anunciou sua renúncia em 11 de fevereiro de 2013, fui tomada por uma tristeza que não consigo descrever em palavras. Era o fim de um ciclo. E mais uma vez, meu coração se colocou em oração.
Em 13 de março de 2013, após cinco votações em dois dias, a fumaça branca anunciou ao mundo um novo pastor: Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco. O primeiro papa latino-americano, o primeiro jesuíta, um homem de gestos simples e coração grandioso. Acolhi Francisco como a um pai amoroso.
Agora, mais uma vez, meu coração se espande. Um novo tempo se anuncia com a eleição de Leão XIV, no dia 8 de maio de 2025, após dois dias de conclave e quatro votações. E eu, de novo, me coloco como filha. Eu o amo. Simplesmente amo. Porque sei que não estamos sós. O Espírito Santo guia a Igreja e me guia também. Em cada papa, vejo o rosto do Bom Pastor.
Sou católica. Amo minha fé. Amo minha Igreja. Amo suas tradições, que me sustentam como raízes firmes num solo sagrado. Minha fidelidade não é cega — é uma escolha diária, livre, apaixonada. Cristo é o centro da minha vida. E cada papa é sinal visível da promessa que Ele nos fez: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja."
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