MPF quer saber como Uberaba aplicou mais vacinas do que recebeu
- Gi Palermi
- 1 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
Procurador quer revisão do relatório de vacinação e esclarecimento de como foi possível aplicar doses excedentes das vacinas contra a Covid-19 na cidade.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu esclarecimentos à Prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, sobre as divergências verificadas entre o quantitativo de vacinas contra Covid-19 recebidas e o número de doses efetivamente aplicadas pelo município. A administração municipal da cidade já foi notificada e tem prazo de 30 dias para prestar informações ao órgão.
No despacho, o procurador da República Felipe de Barros Carvalho manifestou que uma denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Federal e indicou que a quantidade de doses de vacinas das farmacêuticas AstraZeneca e Janssen aplicadas no município foi maior que o número de unidades efetivamente recebidas pela cidade.
Segundo dados retirados do vacinômetro, Uberaba recebeu 212.665 doses da AstraZeneca e 7.860 da Janssen. Porém, o mesmo balanço registra que 214.764 unidades da AstraZeneca e 8.205 de Janssen foram aplicadas no município.
O procurador ainda ressaltou que não há recomendação para o uso das sobras dos frascos e a orientação dos laboratórios é o descarte dos resíduos. Desta forma, o representante do MPF solicitou à Prefeitura de Uberaba que faça a revisão do relatório de vacinação e esclareça como foi possível aplicar as doses excedentes das vacinas contra a Covid-19, nos meses de dezembro, julho e novembro de 2021 e em janeiro de 2022.
Além disso, a Prefeitura também foi notificada a adequar o conteúdo do Painel Transparência. Ele lembrou que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado em 2020 e previa uma série de informações que deveriam constar no portal, mas os dados não estão atualizados. Foi dado prazo de cinco dias úteis para a regularização e atualização dos números referentes à vacinação contra a Covid no município.
Em nota, a Prefeitura apenas informou que a Secretaria Municipal de Saúde fará esclarecimento diretamente ao Ministério Público Federal sobre as divergências no quantitativo de vacinas recebidas e aplicadas.
Quanto à atualização do portal com os números da imunização, a administração municipal declarou que avalia a melhor forma de atender à demanda.
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