O Brasil vive uma ministrocracia
- Gi Palermi
- 16 de mar. de 2022
- 3 min de leitura
Constantes interferências do Supremo em atos do Poder Executivo demonstram que o país deixou de ser uma democracia e virou uma ditadura da toga.

Desde que o então candidato Jair Messias Bolsonaro assumiu a Presidência da República no dia 1º de janeiro de 2019 aqueles que têm alguma honestidade intelectual e não negam a própria realidade em prol de interesses pessoais assistem a maior sequência de interferência jurídica praticada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra um governo democraticamente eleito na história do Brasil.
E, se você está entre os que não percebeu isso, Rafael Lougon, idealizador do blog entregasdogovernobolsonaro.com fez um levantamento das 120 ações do STF em desfavor do governo Bolsonaro. O levantamento abrange os anos de 2019 a 2021. E, pasmem, se somadas todas as vezes que a Suprema Corte brasileira interferiu diretamente nos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff e dos psdbistas Fernando Henrique Cardoso e Michel Miguel Elias Temer Lulia o número não alcança as 120 ações que interferiram diretamente nestes três anos do governo Bolsonaro.
Lendo a lista do Rafael Lougon é possível revisitar nos últimos três anos todas as vezes que o presidente Bolsonaro foi impedido de colocar em prática algo que permitiria implementar a agenda pela qual foi eleita além de melhorar algum aspecto da vida da população brasileira.
Judicialiazação
Para compreender essa judicialização é necessário compreender que a esquerda brasileira se surpreendeu com o fato de Jair Bolsonaro ter sido eleito. Como qualquer pessoa que tem a capacidade de raciocínio seqüestrada pelo movimento revolucionário, eles vivem numa realidade paralela. E isso não foi diferente em 2018 e nos anos que precederam aquela eleição histórica.
E, de repente, contra todas as leituras e análises dos grandes cientistas políticos da esquerda tupiniquim, foram surpreendidos pela eleição de Jair Bolsonaro. Ainda nesse estado de choque perceberam que perderam poder e teriam como último recurso supremo justamente acionar o Supremo. Desde então, tentam governar o Brasil através do STF e de todo o Poder Judiciário e Ministério Público. E o pior é que eles têm tido bastante êxito em impedir que o projeto democraticamente eleito seja levado adiante. Eles perderam a Presidência da República e estão agora tentando governar pela interferência do judiciário.
Inclusive uma das pessoas que governou o Brasil muito nesses últimos meses foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilida-AC). Uma pessoa insignificante e de um partido insignificante provoca a Suprema Corte e é imediatamente atendido. O STF tem agido praticamente como um despachante dos mandos e desmando de Rodolfe Rodrigues que provoca a imediatamente é concedido o que ele pede.
Há solução?
Só a eleição de um senado comprometido a devolver o equilíbrio que o Brasil precisa, não só a independência dos poderes, mas o equilíbrio dos pesos e contrapesos pode reverter esse processo. A Presidência da República tem sido desrespeitada, mas também o Poder Legislativo tem assistido suas atribuições constitucionais serem diminuídas e enfraquecidas neste sistema ministrocrata instalado no País.
É público e notório que a maior parte dos atuais senadores que ocupam as cadeiras do Senado têm rabo preso e não podem se manifestar contra os avanços do Supremo sob pena de terem os próprios processos que tramitam na Suprema Corte ganharem força como retaliação. A única chance para reverter este cenário é melhorar a composição do Senado para que essa interferência judicial diminua e, em segundo lugar, mas não menos importante também está a reeleição de Jair Bolsonaro para garantir a escolha de dois novos ministros constitucionalistas e não ativistas políticos.
Veja a lista completa: 120 ações do STF em desfavor do governo Bolsonaro
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