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O céu se abre sobre Roma

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 8 de mai.
  • 2 min de leitura

Às 13h08, horário de Brasília, desta quinta-feira (08.mai.2025) o mundo católico prendeu a respiração — e o céu pareceu respirar junto. Da chaminé da Capela Sistina, saiu a fumaça branca, pura e suave como uma pomba em voo. Era o sinal que tantos esperavam com o coração apertado e os olhos marejados: habemus Papam. Temos Papa.


O Espírito Santo, silencioso e infalível, mais uma vez guiou os cardeais à escolha do sucessor de Pedro. Pouco mais de uma hora depois, eis que surge, no balcão central da Basílica de São Pedro, um rosto sereno, forte, jovem — com 69 anos —, mas repleto de sabedoria. O nome escolhido ecoa como um chamado à luta espiritual: Leão XIV.


Um Papa vindo do coração da América, nascido em Chicago, com raízes no solo do Peru. Norte-americano de nascimento, latino de alma, católico de coração universal. Robert Francis Prevost é agora Pedro, é agora Rocha. O primeiro Papa norte-americano da história da Igreja. Um sinal dos tempos? Talvez. Mas com certeza, um sinal da Providência.


E o nome que escolheu não é mero acaso. Leão XIV faz vibrar os sinos da memória da Igreja. Lembra Leão XIII, o pontífice que, ao vislumbrar as trevas do futuro, escreveu a oração a São Miguel Arcanjo e ordenou que ela fosse rezada ao fim da Missa. Leão XIII, o mesmo que combateu as ideias iluministas, as ideias marxistas e o materialismo crescente, que resgatou o pensamento de São Tomás de Aquino como farol da doutrina católica.


Terá o novo Leão sido inspirado por esse legado? Tudo indica que sim. O mundo hoje está, de novo, envolto em sombras — ideológicas, morais, espirituais. E mais uma vez, é hora de empunhar a espada da Verdade, a couraça da Fé, o escudo da Esperança. O novo Papa sabe disso. Sua escolha de nome é uma promessa: a de que não fugirá do combate.


Nos rostos dos fiéis em Roma, há lágrimas. Nos olhos dos católicos de todo o planeta, há esperança. Porque a fumaça branca não é só um anúncio. É um símbolo. Um sopro do Céu sobre a Terra. Um lembrete de que a Igreja, mesmo perseguida, mesmo provada, é eterna. Porque não é obra dos homens, mas de Deus.


Leão XIV começa hoje sua missão. Como Pedro, ele terá de caminhar sobre as águas agitadas do nosso tempo. Mas como Pedro, não está só. Milhões de corações rezam por ele. E o próprio Cristo o sustenta.


Que São Miguel Arcanjo lute ao seu lado. Que a Virgem Maria o proteja sob seu manto. Que ele, como seu predecessor, enxergue a "fumaça de Satanás" e as expulse com a luz do Evangelho.


Roma tem Papa. O mundo tem Pastor. E a barca de Pedro segue, firme, sobre as ondas da história.

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