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O massacre de cristãos no Congo e o silêncio cúmplice

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 24 de fev.
  • 3 min de leitura

Moradores de uma vila na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, país da África central, pedem orações depois que mais de 70 cristãos foram brutalmente assassinados por terroristas islâmicos. Os corpos foram encontrados dentro de uma igreja protestante, muitos deles amarrados e decapitados. Entre as vítimas, mulheres, crianças e idosos. Um crime cruel, um massacre covarde, uma afronta à dignidade humana.


Fontes locais contatadas pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre relataram que em 12 de fevereiro, rebeldes de um grupo terrorista islâmico, originário de Uganda, entraram na vila e fizeram aproximadamente 100 pessoas reféns.


Em 15 de fevereiro, cerca de 70 corpos foram encontrados dentro de uma igreja protestante. Muitos estavam amarrados, e alguns foram decapitados. Segundo testemunhas locais, as vítimas não conseguiram resistir ou suportar a marcha forçada imposta pelos terroristas. Esse é um modus operandi recorrente do grupo Forças Democráticas Aliadas (ADF), que faz reféns e os obriga a carregar os saques das aldeias destruídas. Caso não consigam acompanhar, são simplesmente executados.


E o mundo? Silencia.

A frieza da comunidade internacional diante dessa tragédia é um sintoma de um mal ainda maior: a seletividade da indignação. Enquanto certos grupos são protegidos e blindados pela grande mídia e pelas organizações de direitos humanos, cristãos continuam sendo perseguidos, torturados e mortos pelo simples fato de professarem sua fé. E isso parece não chocar aqueles que se autoproclamam defensores da liberdade.

Seria esse massacre ignorado se as vítimas fossem de outra religião? Se fossem de uma minoria mais conveniente aos interesses políticos e ideológicos da elite globalista? Difícil não se fazer essas perguntas quando vemos que atentados em outras partes do mundo recebem ampla cobertura, enquanto cristãos são massacrados em silêncio.

Respeito a individualidade é um princípio fundamental. Cada ser humano deve ter o direito de viver sua fé, sua cultura, suas escolhas sem temer represálias, perseguições ou a morte. Mas esse direito tem sido sistematicamente negado aos cristãos em diversas partes do mundo.


Na República Democrática do Congo, a ação dos terroristas islâmicos tem sido constante. Esses grupos radicais, que espalham o caos há anos, não apenas matam, mas também sequestram, escravizam e impõem o terror à população local. O caso dos reféns levados à força, forçados a carregar espólios de guerra até a exaustão e depois executados friamente, revela uma crueldade que remete aos tempos mais sombrios da humanidade.

O massacre de Maiba ocorre num momento crítico para a região, com o agravamento da crise humanitária nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul. Além da ameaça do grupo ADF, a população vive aterrorizada pelo avanço dos rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), apoiados pelo vizinho Ruanda. Este grupo já tomou cidades estratégicas como Goma e Bukavu, forçando milhares de civis a fugirem de suas casas. O temor agora é que a cidade de Butembo seja a próxima a cair nas mãos dos rebeldes, trazendo ainda mais caos à região.

Este massacre não é um caso isolado; a perseguição aos cristãos tem se intensificado em diversas partes do mundo. Segundo a organização Portas Abertas, no ano passado, 355 cristãos congoleses foram mortos por causa de sua fé, em comparação com 261 em 2023


E enquanto o sangue dos inocentes escorre pelo chão das igrejas, a comunidade internacional se mantém inerte. Nenhum pronunciamento forte da ONU. Nenhuma mobilização maciça nas redes sociais. Nenhuma cobrança severa aos países que financiam ou permitem a atuação desses grupos. Apenas o esquecimento programado.

Cristãos perseguidos clamam por socorro. Precisamos romper o silêncio. Precisamos denunciar essa barbárie. Não podemos aceitar que vidas humanas sejam descartadas com tamanha indiferença.

Que este massacre sirva de alerta: a liberdade religiosa está sob ataque. Hoje, são nossos irmãos na África. Amanhã, pode ser qualquer um de nós.

Que Deus conforte as famílias das vítimas e que nunca nos falte coragem para defender a verdade.

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