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Pais denunciam escola por exibir filme que banaliza pedofilia

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 25 de mai. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 1 de jun. de 2022

Caso ocorreu em escola pública que recebe alunos para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio em Araxá, no Alto Paranaíba.



Pais de alunos de uma escola pública de Araxá, no Alto Paranaíba, estão indignados depois que o filme brasileiro “Como se tornar o pior aluno da escola” foi exibido em sala de aula. A comédia que, diga-se de passagem, não faz ninguém rir, banaliza o crime hediondo de pedofilia de forma irresponsável e teve a recomendação etária mudada de 14 para 18 anos pelo Ministério da Justiça em 16 de março desse ano.


A exibição ocorreu na última sexta-feira (20 de maio) na Escola Estadual Professor Luiz Antonio Correa de Oliveira, popularmente conhecida como Polivalente. As famílias que fizeram a denúncia preferem não se identificar, pois temem que os filhos sofram represálias. Eles disseram que os filhos chegaram em casa chocados após terem sido obrigados a assistir ao filme. Eles registraram o momento da exibição por meio de vídeos e fotos que estão sendo compartilhados pelas redes sociais. Na sala em que o filme foi projetado só havia alunos menores de idade.


“Os filhos da gente depois ficam lá na escola à mercê dos professores e a gente não sabe o que pode vir a acontecer: perseguição, notas baixas... Mas, não posso deixar pra lá, protejo meus filhos em casa contra conteúdos que fazem apologia a crimes e propagam a sexualização infantil, pra depois a escola obrigá-los a assistir uma perversidade asquerosa dessa?”, disse um pai indignado.


"Eles querem normalizar crimes a todo custo: propõe descriminalização das drogas, propõe descriminalização do furto, agora querem que o pedófilo seja aceito como um doente e não um criminoso, onde tudo isso vai parar?", questionou uma mãe.


“Até agora não compreendi qual foi a proposta pedagógica para exibição de um filme desse”, desabafou outro pai.


O Polivalente recebe alunos para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Funcionários da instituição disseram que ninguém da escola sabia que o professor apresentaria o filme aos adolescentes, confirmaram que apenas duas turmas viram o filme e que o incidente está sob investigação. A direção da escola foi procurada diversas vezes para se manifestar oficialmente sobre o ocorrido, mas até o momento da publicação deste artigo não retornou as ligações.


Polêmica


Apesar da comédia "Como se tornar o pior aluno da escola" ser de 2017, o Ministério da Justiça mudou a classificação indicativa neste ano citando "tendências de indicação como coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa". O despacho, assinado pelo secretário José Vicente Santini, foi publicado no "Diário Oficial da União" em 16 de março depois que o filme entrou no catálogo da plataforma de streaming Netflix. O texto também recomenda que o filme só seja exibido após as 23h em televisão aberta.


Na "obra de arte" Danilo Gentili e Fábio Porchat acharam por bem retratar abuso sexual infantil em forma de comédia contracenando com dois pré-adolescentes, banalizando o tema e sexualizando o episódio de forma perversa. A cena é tão chocante quanto o fato de um dos atores ter apenas 12 anos na época da gravação.


A cena asquerosa em questão trata-se de um professor chantageando dois alunos — que no filme são retratados como adolescentes de 14 anos — para que ele guarde um segredo em troca de o masturbarem.


No filme, Pedro (vivido pelo ator Daniel Pimentel) encontra um caderno com técnicas sobre como colar em provas e como fazer bagunça na escola. Como ele está com chances de ser reprovado, ele decide encontrar o autor do livro, em busca de mentoria.


A etiqueta colada no caderno diz "Cristiano A. Vidal". Ele e o amigo, Bernardo (Bruno Munhoz), encontram o endereço de Cristiano, interpretado por Fábio Porchat.


Na verdade, Cristiano não é o autor do caderno. O personagem de Porchat diz que teve o caderno roubado e que sofria bullying do autor do caderno (Danilo Gentili) quando estava na escola.


Ele ameaça ligar para os pais dos meninos para avisar que eles querem trapacear. Os meninos começam a discutir entre eles, e começa a cena que viralizou.


O trecho criticado mostra Cristiano chantageando os garotos: "A gente esquece o que aconteceu e em troca vocês batem uma punheta para o tio".


Os adolescentes se espantam: “O que? Nem ferrando”


Cristiano os critica chamando-os de preconceituosos: “Quê isso, preconceito nesta idade? Gente, é super normal! Vocês tem que abrir a cabeça de vocês. Uma juventude retrógrada!”


Os garotos jogam desodorante em Cristiano para se desvencilhar dele e saem correndo. Na cena seguinte, os meninos conversam sobre o ocorrido. "Foi mal mesmo, cara. Eu não queria que você pegasse no pinto", diz Pedro para Bernardo, na fila da cantina.


Cristiano reaparece no fim do filme. Ele é escolhido para ser diretor da escola.


Querem normalizar a pedofilia


Embora a pedofilia — pelo menos até agora — continue repulsiva para a vasta maioria dos brasileiros, é imperativo que a população veja os esforços que tem sido feitos para normalizar a prática. E isto não está ocorrendo apenas no Brasil. Há um esforço mundial - financiado por uma elite globalista - para que a sociedade aceite a pedofilia como uma orientação sexual natural.


É imperativo que a sociedade se dê conta de que existe um movimento pró-pedofilia que avança sem alarde, o que pode ser notado como intenção, mesmo que indireta e não abertamente. Como apontou o filósofo Olavo de Carvalho a respeito da estratégia desse movimento, “primeiro dizem que é doença para não dizer que é crime. Depois tornam crime dizer que é doença”.


Lei "infância sem pornografia"



A exibição do filme infringiu a lei municipal nº 7.601 de 16 de setembro de 2021. Na prática, a lei de autoria do vereador Luiz Carlos Bittencourt (União Brasil) protege crianças e adolescentes contra a sexualização precoce.


Batizada de lei da “Infância sem Pornografia”, a lei resguarda o direito dos pais ou responsáveis a que seus filhos menores recebam a educação moral e religiosa que esteja de acordo com suas convicções. E prevê que em caso de o Poder Público cooperar na formação moral de crianças e adolescentes, com o desenvolvimento de materiais pedagógicos, cartilhas ou folder, os mesmos deverão conter autorização expressa do pai ou responsável de crianças e adolescentes envolvidas na atividade.


E explicita que a autorização deve ser feita antes da exibição do conteúdo, de forma escrita com a descrição detalhada do conteúdo, devidamente assinada por responsável legal pelas crianças e adolescentes.

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