Robson-Bosco nomeia 4 ex-vereadores
- Gi Palermi
- 23 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de mai.
A recente reforma administrativa da gestão Robson Magela e Bosco Júnior não apenas criou quatro novas secretarias e reposicionou aliados estratégicos, ela também abriu caminho para o retorno de figuras conhecidas ao cenário político. Quatro ex-vereadores que não conseguiram se reeleger nas eleições do ano passado foram nomeados para cargos comissionados em diferentes secretarias municipais.
A mudança faz parte do pacote da reforma aprovada pela Câmara Municipal, que possibilitou a criação de 45 novos cargos comissionados, abrindo espaço para ampliações na estrutura e nomeações que reforçam as alianças políticas da gestão. A nomeação dos ex-vereadores está registrada na edição do Diário Oficial Eletrônico do Município de Araxá (e.DOMA), publicada em 15 de abril.
Volta ao cenário político pela porta lateral
Entre os nomeados está Dirley da Escolinha (PSB), que disputou a reeleição para o Legislativo, mas ficou fora da Câmara ao receber 940 votos. Apesar da derrota, Dirley agora atua como assessor Nível 1 da Secretaria Municipal de Ação Social.
Outro nome é o de Evaldo do Ferrocarril (MDB), também candidato à reeleição em 2024. Ele obteve 566 votos e não conseguiu retornar ao Parlamento. Em 2025, passa a integrar o time do Executivo como assessor Nível 1 da Secretaria Municipal de Esportes.
O terceiro nome é o de Valtinho da Farmácia (Agir), que alcançou 681 votos, também sem sucesso nas urnas. O curioso é que seu partido, Agir, integrou a coligação Amor por Araxá, que lançou Lídia Jordão, uma das principais adversárias de Robson Magela na disputa. Ainda assim, Valtinho foi nomeado assessor Nível 2 da Secretaria Municipal de Saúde.
Fechando a lista está Wagner Cruz (PV), ex-secretário de Ação Social, que se afastou do cargo em abril de 2024 para disputar as eleições como candidato a vereador. Teve 546 votos e não foi eleito. Curiosamente, o partido lançou Eduardo Maia, outro adversário de Robson Magela na disputa pela Prefeitura. Mesmo assim, Wagner retorna ao Executivo como assessor Nível 2 da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
Alianças, recompensas e composição de base
A nomeação dos ex-vereadores sinaliza que a administração Robson-Bosco atua com habilidade na recomposição da base política, mesmo entre os que, em tese, estiveram em campos opostos durante o último pleito.
Essas escolhas também mostram que os cargos criados pela reforma administrativa servem como moeda política. Com o tabuleiro de 2026 já em montagem, o governo parece investir em ampliar apoios e minimizar resistências, inclusive com antigos adversários.
A pergunta que fica é: até que ponto essas nomeações fortalecem a gestão — e até que ponto apenas aumentam os custos da máquina pública para acomodar acordos políticos?




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