Seis escolas de Araxá podem adotar modelo cívico-militar
- Gi Palermi
- 6 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de jul.
Comunidade escolar será consultada sobre adesão ao modelo que valoriza disciplina, civismo e segurança no ambiente educacional.
Num tempo em que valores morais são relativizados e a indisciplina é crescente entre os jovens, iniciativas que promovem segurança, boa convivência e responsabilidade são um lampejo de esperança. Seis escolas estaduais de Araxá foram pré-selecionadas pela administração Romeu Zema para integrar o programa Escola Cívico-Militar.
As escolas que poderão receber o novo modelo são: Armando Santos, Dom José Gaspar, Maria de Magalhães, Padre Anacleto, Polivalente e Rotary. Agora, caberá à comunidade escolar — pais, alunos, professores e demais membros do colegiado — decidir se querem ou não a implantação do programa.
Modelo cívico-militar
Diferente do que muitos imaginam, o programa não militariza o ensino. Os professores continuam sendo os mesmos, o conteúdo das aulas permanece igual e o currículo ministrado em sala de aula segue o mesmo. A mudança está na gestão da escola: a presença de militares, da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros, visa apoiar a equipe pedagógica, ajudar na disciplina, na mediação de conflitos e melhorar a convivência entre os alunos.
Não haverá aulas dadas por militares. Eles não entram em sala de aula para ensinar conteúdo. Eles colaboram com a direção da escola para promover valores como respeito, responsabilidade, disciplina e civismo. Além disso, trabalham com ações preventivas, como segurança e combate ao bullying.
Resultados positivos
Segundo a administração Zema nas nove escolas que já funcionam nesse modelo em Minas Gerais, os resultados são animadores:
Mais disciplina e respeito dentro da escola;
Menos brigas e casos de violência;
Maior participação dos pais na vida escolar dos filhos;
Alunos mais motivados e engajados;
Melhor rendimento escolar e ambiente acolhedor.
Escolha com consciência
Para muitas famílias, o modelo cívico-militar representa uma esperança real de resgatar o respeito, a ordem e o comprometimento dentro das escolas públicas. E representa uma oportunidade de transformação no ambiente escolar por meio de uma gestão mais segura, organizada e baseada em valores cívicos e éticos.
A consulta à comunidade escolar é um momento valioso para refletir: que tipo de educação queremos para nossos filhos? A decisão será coletiva, e cada voz importa.
Como funciona a adesão?
A adesão é voluntária. Cada escola pré-selecionada precisa consultar seu Colegiado Escolar — um grupo formado por representantes de professores, pais, estudantes e funcionários. Somente com a aprovação desse grupo, a escola poderá formalizar o interesse em participar do programa.
A manifestação de interesse deve ser feita até o dia 18 de julho, e não significa adesão automática. Depois disso, a Secretaria de Educação fará uma análise técnica e, se tudo for aprovado, a implementação poderá começar já no início do ano letivo de 2026.
Na Escola Estadual Dom José Gaspar, por exemplo, a assembleia para apresentação do programa e escuta da comunidade já tem data marcada: será nesta terça-feira, 8 de julho, às 17h30, com a participação de pais, alunos e representantes do colegiado. A presença da comunidade é fundamental nesse processo.
Fique atento
Se você é pai, mãe, aluno ou membro da escola, participe das reuniões, tire dúvidas e manifeste sua opinião. Este é o momento de se envolver. Afinal, é na escola que se forma o cidadão — e é com a ajuda da família que se fortalece a educação.







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