Vereadora trans de BH percorre escolas do interior
- Gi Palermi
- 27 de mai. de 2022
- 3 min de leitura
O componente ideológico de esquerda é parte significativa, talvez inseparável, das palestras.

Em pré-campanha para uma cadeira no Senado Federal, a vereadora trans de Belo Horizonte Duda Salabert Rosa (PDT) tem percorrido o interior do estado para palestrar em instituições de ensino superior. Não há ilegalidade na prática de parlamentares em exercício de mandato realizar palestras em instituições de ensino.
Mas, o que tem levantado questionamento nos eleitores mais atentos é que nos últimos anos as escolas tem se transformado em campo fértil para doutrinação ideológica. Outro agravante é que o tema "direitos humanos" tem sido uma forma disfarçada de a extrema esquerda revolucionária introduzir pautas de minorias identitárias conforme consta na própria programação publicada no perfil da vereadora.
No dia 26 de maio ela palestrou no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), em Uberaba, sobre transsexualidade e política e transsexualidade e saúde. No mesmo dia esteve em um evento do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) sobre Educação e Resistência.
Pelas fotos publicadas no perfil da vereadora é possível ver que a bandeira arco-íris, também conhecida como bandeira do orgulho gay - símbolo da comunidade gay e do movimento LGBT - é a principal marca nos eventos e palestras da vereadora.
Contágio social
No livro “Irreversible Damage”, ainda sem tradução para o português, lançado em 2020, Abigail Shrier, jornalista do Wall Street Journal com diplomas de Columbia, Oxford e Yale - três das universidades mais respeitadas e tradicionais (e, hoje, mais progressistas) do planeta – denuncia que uma epidemia silenciosa está se espalhando entre as adolescentes, e os pais não têm a quem recorrer para impedi-la. É a epidemia das garotas que, subitamente, sem qualquer sinal prévio, passam a se identificar como transgênero.
Ela explica que, tradicionalmente, a disforia de gênero (que ocorre quando uma pessoa se identifica como parte do sexo oposto) costuma atingir 0,01% da população - quase que exclusivamente garotos que apresentam sinais visíveis da condição desde cedo (embora, em 70% dos casos, a situação se reverta naturalmente conforme os anos passam).
O que vem acontecendo recentemente, entretanto, é algo diferente: em 2016, 46% das cirurgias de mudança de sexo nos Estados Unidos eram de pessoas do sexo feminino. Um ano depois, o percentual saltou para 70%. Em pouco anos, o número de casos de disforia de gênero em adolescentes cresceu 1.000% nos Estados Unidos e inacreditáveis 4.000% na Inglaterra. Hoje, dois por cento dos estudantes de ensino médio americanos hoje se identificam como transgênero. Ou seja: em vez de um caso a cada mil pessoas, como era de se esperar, o índice nessa população é de um a cada cinquenta.
Em sua pesquisa, Abigail identificou um padrão: a garota com problemas relativamente normais para a idade (insegurança emocional, desconforto com o próprio corpo), passa a pesquisar sobre o assunto na internet - especialmente no YouTube - e esbarra com conteúdo que sugere que ela pode ser transgênero. Ela - que geralmente já tem alguém em uma situação parecida no seu círculo social - compra a ideia. O anúncio traz popularidade imediata entre outras adolescentes. Sem avisar os pais, a escola adere e passa a tratá-la como garoto. Quando procurados, os profissionais de saúde nada fazem além de afirmar que, se ela pensa ser transgênero, ela já é transgênero.
Os pais são chantageados com a afirmação de que, se não apoiarem integralmente o processo de transição, podem estar induzindo sua filha ao suicídio. E os terapeutas que defendem um método mais cauteloso acabam escanteados, quando não punidos. É um ciclo completo construído com base em falácias e alimentado por uma espiral de silêncio. O resultado são garotas menores de idade tomando hormônios masculinos e sendo submetidas a cirurgias como a da retirada completa dos seios.
Minorias identitárias
Para o economista e escritor Rodrigo Constantino os movimentos de “minorias” são totalmente incoerentes na largada. Seu denominador comum é pintar o “homem branco ocidental” como o grande vilão da humanidade, mesmo que o mundo criado por esse “cabra da peste” seja o mais tolerante, o mais plural, o mais livre e o mais próspero para as tais “minorias”.
Ele explica que no fundo, as bandeiras das “minorias” foram uma adaptação da esquerda após o fracasso do marxismo. Era preciso continuar combatendo o “sistema”, e nada melhor, para tanto, do que se voltar contra seu símbolo maior: o “homem branco ocidental”. O conceito de luta de classes seria transportado para as demais áreas, para a família, para as “raças”, para o sexo.
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