Censura chinesa inspira Lula e STF
- Gi Palermi
- há 7 dias
- 2 min de leitura
Era 4 de junho de 1989. Milhares de estudantes, intelectuais e trabalhadores estavam acampados na Praça da Paz Celestial (Tiananmen, China) desde abril daquele ano, pedindo liberdade de expressão, democracia, combate à corrupção e reformas políticas no regime comunista chinês, liderado então por Deng Xiaoping.
Após semanas de protestos pacíficos, o governo declarou lei marcial e enviou o Exército de Libertação Popular para reprimir os manifestantes. Tanques e soldados armados invadiram a praça e abriram fogo contra civis desarmados, inclusive estudantes e idosos.
O número exato de mortos ainda é ocultado, mas estima-se que entre 2 mil e 10 mil pessoas tenham sido assassinadas pelas forças do Partido Comunista por ousarem sonhar com democracia.
Hoje, ir à praça em Pequim para protestar continua proibido. Falar sobre o massacre é crime. Fotos, vídeos e até as palavras “4 de junho” são censuradas na internet chinesa. Na ditadura de partido único, a liberdade é controlada pelo Estado, que decide o que o cidadão pode ver, ouvir e dizer.
Lula e Janja pedem "ajuda" para censurar
O mais preocupante é que, enquanto o mundo livre denuncia o horror comunista de 1989, o governo brasileiro atual busca inspiração justamente nesse mesmo regime totalitário. Em 2023, durante viagem à China, Lula da Silva e sua esposa Janja pediram apoio do governo chinês para "combater a desinformação" nas redes sociais.
O termo é bonito, mas o que se pretende é simples: censurar conteúdos que desagradam ao poder, com aval de uma potência autoritária. A proposta inclui a implementação de mecanismos de controle digital semelhantes aos usados em Pequim — o mesmo modelo que transformou a internet chinesa em uma bolha isolada, onde só se vê o que o governo permite.
STF retoma julgamento
Como se não bastasse, neste mesmo 4 de junho de 2025, o Supremo Tribunal Federal retomou o julgamento do chamado “marco civil da censura” — uma tentativa de transferir ao Estado o poder de controlar o conteúdo que circula nas redes sociais.
Em plena democracia, ministros indicados por governos de esquerda julgam se os brasileiros poderão continuar se expressando livremente ou se estarão sujeitos ao que autoridades decidirem ser “verdade” ou “mentira”.
Não por acaso, as redes sociais têm se tornado a nova praça pública, onde o povo pode se manifestar, fiscalizar o poder e expor a corrupção. Controlar essas ferramentas é como fechar a boca de milhões com um decreto.
Da Praça da Paz Celestial à censura digital brasileira
O que houve em 1989 foi um ataque brutal à liberdade, cometido por um regime comunista que até hoje controla cada pensamento de seu povo. O que vemos agora no Brasil é a tentativa camuflada de seguir esse mesmo caminho, com tanques virtuais prontos para passar por cima da opinião popular.
O povo chinês morreu pedindo liberdade. Já o povo brasileiro corre o risco de perder a sua aos poucos, em nome de um suposto “combate à desinformação”. A data de hoje serve como alerta: quando o Estado define o que é verdade, a liberdade morre — seja com fuzis, seja com canetadas.
Comentarios