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Consulta ao modelo cívico-militar é suspensa

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • há 11 minutos
  • 3 min de leitura

Administração Romeu Zema decide interromper processo de adesão após denúncias de coação e manipulação em assembleias escolares.


A administração Romeu Zema suspendeu, de forma temporária, todas as novas assembleias escolares previstas para consulta à comunidade sobre a adesão ao Programa das Escolas Cívico-Militares. A decisão foi comunicada oficialmente por meio do Memorando-Circular nº 207/2025, emitido pela Secretaria de Estado de Educação no domingo (13.jul.2025).

O documento, assinado pelas subsecretárias Kellen Silva Senra e Cláudia Aparecida Lara Augusto, foi enviado às Superintendências Regionais de Ensino e diretores escolares, determinando que todas as assembleias agendadas para manifestação de interesse ao programa estão suspensas até nova orientação. O memorando não apresenta justificativas claras para a medida, apenas informa que novas diretrizes serão enviadas em breve para garantir “a efetividade e a transparência do programa”.

Denúncias nos bastidores

Nos bastidores, o motivo da suspensão já é conhecido: uma onda de denúncias envolvendo a atuação de sindicatos e movimentos de esquerda dentro das escolas. O que deveria ser um ambiente de esclarecimento e escuta mútua se transformou, segundo relatos, em assembleias tensas, com clima de hostilidade, coação e até vigilância sobre pais e servidores no momento do voto. A politização por parte de setores ideológicos contrários ao modelo comprometeu a liberdade de manifestação e contaminou o processo democrático de consulta.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Escolas Cívico-Militares, deputado estadual Coronel Henrique (PL), declarou que, lamentavelmente, o programa enfrenta uma oposição puramente ideológica. Trata-se de uma resistência que age como se a educação brasileira fosse propriedade exclusiva da esquerda — o que compromete o debate público e distorce os objetivos da proposta.

Resultados comprovados

O modelo cívico-militar, que já provou funcionar em diversas regiões do país, tem base na disciplina, na hierarquia e no fortalecimento de valores como responsabilidade, civismo e respeito. E mais do que princípios, os resultados falam por si: os índices do Enem e do Ideb em escolas que adotaram o modelo são superiores à média nacional. As escolas cívico-militares apresentam menor evasão escolar, menos violência, menos desrespeito aos professores e mais rendimento acadêmico.

Em muitas delas, o clima de medo e desordem deu lugar ao respeito mútuo e à valorização do espaço escolar. Regiões marcadas por tráfico e prostituição passaram a registrar melhora significativa no convívio social após a implantação do programa.

Militares na educação

A presença de militares da reserva nas escolas não tem qualquer relação com autoritarismo ou repressão, como insiste parte da esquerda. Pelo contrário: trata-se de servidores públicos que construíram suas carreiras em defesa da ordem, da disciplina e da cidadania — exatamente o que prevê o artigo 205 da Constituição Federal como objetivo da educação. Militares estão preparados e habilitados para apoiar esse processo, principalmente nas questões que envolvem segurança e mediação de conflitos.

Programa estadual

A pergunta que muitos têm feito é: por que o governo de Minas não implantou esse modelo no primeiro mandato? A resposta é simples. Porque, na época, o Governo Federal, sob a gestão de Jair Bolsonaro, já mantinha o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, em parceria com estados e municípios.

Com o retorno de Lula à Presidência da República, o programa foi descontinuado por pura picuinha ideológica, ignorando os bons resultados já alcançados. Diante desse cenário, coube ao Estado de Minas Gerais assumir a iniciativa por conta própria — e é por isso que o programa foi lançado apenas no segundo mandato da gestão Zema.

Processo em Araxá

Apesar da suspensão, a Secretaria de Estado de Educação afirmou que as escolas que já realizaram assembleias até o dia 13 de julho terão seus resultados preservados — pelo menos por enquanto. Isso inclui quatro escolas estaduais de Araxá que aprovaram, por maioria expressiva, a adesão ao novo modelo de gestão escolar.

A Escola Estadual Dom José Gaspar abriu o processo de consulta no dia 8, com 313 votos favoráveis e 91 contrários. No dia seguinte, foi a vez da Maria de Magalhães, que registrou 102 votos a favor e 11 contra. Já no dia 10, duas escolas realizaram assembleias: o Polivalente, que teve 344 votos a favor e 204 contrários entre 590 votantes; e a Escola Rotary, que aprovou o programa com 154 votos favoráveis e apenas 17 contrários. A Escola Padre Anacleto Geraldi, que tinha assembleia marcada para hoje (14.jul.2025), e a Escola Estadual Armando Santos, que tinha assembleia prevista para terça-feira (15.jul.2025), tiveram os encontros suspensos.

Expectativa por novas diretrizes

A expectativa é de que, nos próximos dias, o governo Romeu Zema divulgue novas orientações para garantir que o processo siga com segurança, liberdade e respeito à vontade da comunidade escolar. A suspensão momentânea não anula a força dos números, tampouco o apoio popular crescente ao modelo. O que está em jogo é a tentativa de impedir que ideologias desvirtuem uma proposta que tem dado certo — e cujos resultados são inegáveis.

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