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Jair Bolsonaro é inocente

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 11 de jun
  • 2 min de leitura

Jair Bolsonaro é inocente. Inocente não só por não ter tentado dar um golpe. Não apenas por não ter planejado um. Mas por algo muito mais profundo: por ser incapaz de alimentar ódio, mesmo diante de quem o persegue sem trégua.


Foi com essa disposição de espírito — mais cristã que política — que, durante seu depoimento nesta terça-feira (10.jun.2025) foi capaz de brincar com Alexandre de Moraes: “Eu gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 26”.


A frase foi interpretada por muitos como ironia. Por outros como estratégia. Mas talvez revele algo maior: a grandeza de um homem que, mesmo perseguido, se recusa a tornar-se aquilo de que o acusam. Continua sendo o que é: um homem autêntico. Sem marketing político, sem estratégias de xadrez.


Infelizmente, vivemos tempos em que piada é mais condenável que o abuso de autoridade. Tempos em que a crítica virou crime. Tempos em que questionar uma eleição é mais perigoso que fraudá-la.


A tal “minuta do golpe”, usada como prova, não passa de um rascunho genérico, sem assinatura, sem cabeçalho, sem fonte conhecida. Um esboço de decreto semelhante a tantos outros modelos encontrados na internet. Mesmo que tivesse sido assinado — o que não ocorreu —, ainda assim trataria de dispositivos previstos na Constituição, como o estado de sítio ou o estado de defesa, que só podem ser decretados com a aprovação do Congresso Nacional e do Conselho da República.


É papel de um presidente avaliar todas as possibilidades legais diante de uma crise institucional. Bolsonaro fez isso após uma eleição cercada de dúvidas e distorções. Ao cumprir seu dever constitucional, foi transformado em réu por cogitar hipóteses que, na prática, nunca se concretizaram. E, segundo o próprio direito penal, cogitação não é crime. Crime é ação. E não houve sequer planejamento, quanto mais ação.


A acusação contra Bolsonaro, portanto, é frágil e distorcida. A narrativa construída pelo sistema parte de suposições, rascunhos e frases soltas — tudo muito conveniente para quem quer destruir politicamente um adversário incômodo.


Não é preciso ser jurista para entender a lógica torta dessa perseguição. Quando Bolsonaro e o PL questionaram o sistema eleitoral, receberam uma multa de R$ 22 milhões. Já figuras como Flávio Dino, hoje ministro do STF indicado por Lula, fizeram críticas idênticas às urnas eletrônicas — e não sofreram qualquer punição. Dois pesos, duas medidas. E uma democracia cada vez mais seletiva.


Durante o depoimento, Bolsonaro manteve a serenidade. Expôs os abusos de um regime que tenta calar a oposição e transformar opinião em crime. Mostrou que o verdadeiro golpe foi legalizar o retorno de um condenado ao poder. E mostrou, acima de tudo, que a perseguição que sofre é política, não jurídica.


Jair Bolsonaro é inocente, os presos políticos do 8 de janeiro também são. Gente como Clezão, Débora e tantos outros, que continuam pagando com a vida, com lágrimas e sangue por terem ousado sonhar com um Brasil livre. O clamor por justiça ainda ecoa — apesar do silêncio imposto pelo regime.


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