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Apoiadores vigiados, fraudadores protegidos

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Uma cena digna de regimes autoritários voltou a se repetir no Brasil: Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu mandar rastrear os brasileiros que contribuíram com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por meio de doações via Pix. A campanha, amplamente divulgada nas redes da parlamentar, buscava arrecadar recursos para pagar as multas impostas pelas decisões judiciais que ela vem sofrendo.

A justificativa? Identificar quem está "financiando" Zambelli. Na prática, trata-se de mais um episódio da perseguição a parlamentares e cidadãos conservadores que ousam se posicionar contra o sistema. Pessoas comuns, que exerceram livremente seu direito de apoiar uma representante eleita, agora estão na mira do Estado. A simples decisão de fazer um Pix virou alvo de vigilância.

Dois pesos, duas medidas

Enquanto isso, o verdadeiro escândalo segue impune. Já se passaram 45 dias desde que veio à tona a denúncia de que sindicatos — com apoio de gestores e entes públicos — desviaram bilhões de reais de aposentados e pensionistas, em uma fraude envolvendo o pagamento de consignados via INSS. A trama foi escancarada, prejudicando quem mais precisa: os idosos que contavam com seus salários para viver.

Mesmo com o rastro deixado por esse roubo, até agora nenhuma decisão judicial determinou bloqueio de contas, quebra de sigilos ou identificação de responsáveis. O Banco Central, que se mostrou ágil para investigar doações a uma deputada, permanece inerte diante do sumiço de bilhões dos cofres públicos.

Justiça seletiva?

A diferença de tratamento é gritante. Quando o caso envolve uma parlamentar de direita, como Zambelli, a resposta é rápida: rastreamento, exposição, constrangimento público. Quando o roubo atinge aposentados, com indícios de participação de sindicatos — historicamente aliados da esquerda — o silêncio impera.

Não há movimentação judicial, não há CPIs abertas, não há ministros indignados pedindo respostas urgentes. Os lesados esperam. E esperam. E esperam.

O que está em jogo

Esse tipo de conduta escancara uma perigosa inversão de valores. A liberdade de expressão e o direito de apoiar financeiramente um representante político eleito estão sendo tratados como crime, enquanto o verdadeiro crime, cometido contra os mais vulneráveis, segue sem punição.

O que se vive no Brasil hoje não é apenas um desequilíbrio entre poderes. É um cerco aberto aos que ousam pensar diferente — e uma proteção velada aos que fazem parte da engrenagem estatal que se retroalimenta.

Se doar para Zambelli é motivo para investigação, por que roubar aposentados não gera sequer uma operação?

O povo está vendo. E não vai esquecer.

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