top of page

Conservadores sangram, mas direita é vilã

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 7 de jun.
  • 3 min de leitura

Violência seletiva e narrativa hipócrita. Esses dois elementos parecem andar de mãos dadas na cobertura política da imprensa mundial. Mesmo diante de atentados diretos a líderes conservadores em países como Colômbia, Estados Unidos, Equador, Japão e Brasil, os principais jornais seguem firmes no esforço de colar na direita a imagem de "extremista", “violenta” ou “antidemocrática”.

 

O caso mais recente e grave é o do senador colombiano Miguel Uribe Turbay, baleado na cabeça e na perna enquanto participava de um evento de campanha em Bogotá. Uribe é um político jovem e conservador nos valores — defensor do livre mercado e crítico das alianças com grupos de esquerda ligados ao narcotráfico. Foi alvo de um tiro certeiro, desferido por um menor de idade. Está internado em estado grave, mas a cobertura internacional parece mais interessada em apontar a “polarização” do que o crime em si.

 

Antes dele, em 2024, o presidente americano Donald Trump foi baleado durante um comício na Pensilvânia. Um tiro arrancou parte de sua orelha, um apoiador morreu, e outros ficaram feridos. O atirador foi morto no local, mas a imprensa preferiu discutir o “discurso divisivo de Trump” do que encarar o fato óbvio: alguém tentou matar o principal nome da direita americana em pleno palanque.

 

No ano anterior, em 2023, o jornalista e candidato presidencial Fernando Villavicencio foi brutalmente assassinado a tiros ao sair de um comício. Conhecido por denunciar cartéis de drogas e a corrupção política, Villavicencio era considerado uma ameaça pela aliança entre o crime organizado e setores da velha política. Ainda assim, as manchetes rapidamente desviaram o foco do crime para “instabilidade institucional”.

 

Nem mesmo o país com uma das menores taxas de violência escapou. No Japão, em 2022, o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, símbolo da direita japonesa, foi assassinado com dois tiros durante um discurso de apoio a um colega de partido. Abe era nacionalista, defensor do fortalecimento das Forças Armadas e crítico do expansionismo comunista chinês. O assassino alegou motivação religiosa, mas o fato é que um dos maiores líderes conservadores do mundo foi morto diante das câmeras — e a reação da imprensa foi discreta, quase protocolar.

 

E, no Brasil, em 2018, o então candidato Jair Bolsonaro levou uma facada em pleno corpo a corpo com eleitores. Quase morreu, passou por cirurgias e carregou sequelas até hoje. O agressor foi preso, mas até hoje a imprensa ensaia teorias conspiratórias sobre o caso. O foco nunca foi o atentado em si, mas a oportunidade de acusar o próprio Bolsonaro de se “vitimizar”.

 

Quem é o extremista, afinal?

 

A pergunta que fica é simples: por que, mesmo sendo os alvos constantes da violência política, os líderes de direita continuam sendo retratados como os perigosos da história?

 

A resposta está na construção seletiva da narrativa. A grande imprensa global — dominada por pautas progressistas — já trata a direita como “suspeita” por natureza. Não importa se o conservadorismo é pacífico, democrático e amparado no voto popular. Para boa parte dos veículos, ser de direita é o suficiente para ser rotulado como “populista”, “fake news”, ou “ameaça à democracia”.

 

A inversão da lógica

 

Essa inversão é absurda: quando um político de esquerda sofre ameaça, o noticiário para. Quando um político de direita é baleado, esfaqueado ou morto, a manchete prefere falar de “polarização”. Ou seja, a vítima vira culpada. O lado que apanha é acusado de ser agressivo.

 

Pior: enquanto esses atentados ocorrem diante do mundo, a imprensa se dedica a fiscalizar palavras, posts antigos e memes compartilhados por conservadores, como se fossem esses os verdadeiros perigos.

 

Sangue derramado

 

A realidade é objetiva: em cinco países, cinco líderes de direita foram alvos de atentados gravíssimos em pleno exercício político. Há sangue derramado. Há líderes mortos. Não é coincidência. É perseguição. Mas a imprensa, ao invés de denunciar com firmeza a violência contra os conservadores, prefere insistir no rótulo de “extrema-direita” para justificar seu próprio preconceito ideológico.

 

A verdade incomoda, mas precisa ser dita: a violência tem lado. E, até aqui, quem está no alvo — de verdade — é a direita.

Posts Relacionados

Ver tudo

Comentários


Mais recentes

Arquivo

bottom of page