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Prefeitos mineiros voltam a brincar de “reizinhos”

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 31 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 2 de jun. de 2022

Ignorando que o estado está num momento de baixa umidade relativa do ar em que há um aumento de síndromes respiratórias, pelo menos três cidades do Sul de Minas voltam a impor o uso de máscaras à população.



As prefeituras de Lavras, Pouso Alegre e Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, são algumas das cidades que voltaram a impor o uso de máscaras em ambientes fechados. Lavras foi uma das primeiras cidades a obrigar a conduta novamente. Até então, outros municípios estavam apenas recomendando o uso do equipamento.


Na sequência, ao menos duas cidades mineiras também impuseram o equipamento. Nos três casos a desculpa usada para voltar a impor o uso seria o aumento de casos de Covid-19. O que causou estranheza foi o fato de as prefeituras terem anunciado anteriormente o sucesso da imunização contra o novo coronavírus nas cidades. Antes de voltarem a submeter os cidadãos ao uso do equipamento, as cidades haviam anunciado a cobertura de 90% da população com pelo menos duas doses das vacinas anticovid.


O retorno do uso obrigatório das máscaras na cidade de Pouso Alegre foi ironizado pelo deputado federal Junio Amaral (PL) no uso da tribuna na Câmara dos Deputados em Brasília (DF).


“Eu quero aqui parabenizar a cidade de Pouso Alegre, no Sul de Minas, porque deve contar com os melhores cientistas do Brasil. Em 24 horas elaboraram algum estudo que embasaram o retorno das máscaras na cidade”, disse o parlamentar.


Ele questionou o fato de um dia antes do decreto as autoridades municipais da cidade terem se reunido em festas. “No final de semana, no domingo, estavam lá prefeito, secretário de saúde, pessoal da prefeitura, a turma, aglomerados, em festa, tudo voltou ao normal, é claro, então não estavam fazendo nada de errado. Mas, de um dia para o outro, pânico na população! Aumentaram os números, vamos voltar as máscaras, que em Pouso Alegre foram os últimos a retirarem as máscaras”, declarou.


Junio Amaral também fez um alerta à população. “Fica o alerta aos moradores de Pouso Alegre para que reajam. Não duvidem nada se, semana que vem, o comércio estiver todo fechado de novo. Estão testando vocês. Não admitam essa tirania aí no município”, alertou o parlamentar.


Lavras


Em Lavras, a decisão da prefeita Jussara Menicucci (PSB) foi publicada nesta segunda-feira (30) por decreto. Na cidade, o uso de máscaras volta a ser obrigatório dentro de unidades de saúde na rede pública ou privada; no transporte público coletivo ou individual; nas unidades escolares da rede pública municipal ou privada; nos órgãos e repartições públicas e também nas salas de cinema.


Ainda de acordo com a administração municipal, a medida foi tomada por causa do aumento dos casos de Covid-19 em Minas Gerais. Nos demais locais, o uso da máscara segue sendo facultativo.


Pouso Alegre


O prefeito de Pouso Alegre, no Sul de Minas, Coronel Dimas José da Silva Fonseca (PSDB) assinou o decreto que torna novamente obrigatório o uso de máscaras em Pouso Alegre nesta terça-feira (31). Segundo a prefeitura, a medida visa amenizar os números de casos de covid-19 no momento em que o sistema de saúde enfrenta uma procura maior de pessoas com doenças respiratórias, devido às baixas temperaturas.


A obrigatoriedade do uso da máscara vale para transporte coletivo, transporte por aplicativos, shoppings, lojas, supermercados, escolas, serviços de saúde, entre outros. Permanece, ainda, a indicação já em vigor para uso do álcool em gel.


O município ressalta que os casos de covid-19, principalmente as internações devido à doença, estão sob controle. Mas, que devido ao aumento de casos, medidas como essa são necessárias.


Santa Rita do Sapucaí


Em Santa Rita do Sapucaí, o novo decreto assinado pelo prefeito Wander Wilson Chaves (Democratas) publicado nesta terça-feira (31) dispõe sobre o uso obrigatório de máscaras de proteção em ambientes fechados, notadamente em bares, restaurantes, igrejas, salas de aula, teatros, auditórios, academias e transportes coletivos.


É rinite, gripe, covid-19 ou virose?


Na sanha autoritária por exercer controle sobre a população, as administrações públicas municipais tem desconsiderado que o país enfrenta uma época de baixa umidade relativa do ar em que há um relativo aumento de síndromes respiratórias e alergias. Rinite, gripe e covid-19 se assemelham porque acometem o trato respiratório, causando sintomas similares, como coriza e obstrução nasal. Em alguns casos, como na gripe e na covid-19 (mas não na rinite), a febre é comum. Mas, há dois anos, pensar racionalmente tornou-se exceção. A regra é disseminar pânico.

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