Robson-Bosco amplia gastos e ignora compromissos

Enquanto a administração Robson Magela e Bosco Júnior gasta mais com estrutura e salários, estudantes universitários vivem dias de angústia sem saber se conseguirão continuar os estudos. Ao mesmo tempo, profissionais da saúde estão com salários atrasados, aguardando repasses que não chegam. A situação afeta várias famílias e causa revolta.

Nas últimas semanas, a população de Araxá assistiu a administração Robson Magela e Bosco Júnior criar quatro novas secretarias e 45 cargos comissionados, o que vai aumentar a folha de pagamento da Prefeitura em R$ 6 milhões só neste ano, e em R$ 7 milhões a partir do próximo ano. Além disso, os salários do prefeito Robson Magela e do vice-prefeito Bosco Júnior foram reajustados em 26,79%. Com isso, o Robson Magela passou a receber R$ 27.201,00 e o Bosco Júnior, R$ 20.384,00 por mês.

Mas, enquanto isso, compromissos já previstos no orçamento seguem sem ser cumpridos. Um exemplo grave veio à tona nesta quarta-feira (14.mai.2025) o atraso no repasse para a Associação dos Estudantes de Araxá (AEA). Por causa disso, a empresa responsável pelo transporte universitário para Uberaba notificou que vai suspender o serviço no dia 19 de maio, caso a dívida de mais de R$ 206 mil não seja paga até o dia 16.

Cerca de 150 estudantes dependem desse transporte para cursar faculdade. Muitos deles, não têm carro nem condições de pagar passagem diárias de ida e volta. A incerteza tem gerado ansiedade, medo e, pode até levar ao abandono dos cursos por falta de alternativa.

Outro problema também veio à tona nesta semana: os trabalhadores da área de enfermagem do Hospital Casa do Caminho estão com os salários de maio atrasados. Em comunicado interno, a direção do hospital explicou que o motivo é a falta de repasse da Prefeitura, mesmo com um convênio formalizado para garantir esse pagamento.

Esses profissionais atuam diretamente no cuidado com a vida, trabalham com dedicação, muitas vezes enfrentando plantões longos e situações difíceis. Não é justo que, mesmo cumprindo seu papel com compromisso, precisem lidar com a insegurança de não saber se vão conseguir pagar as contas no fim do mês.

Os dois casos expõem uma incoerência clara na forma como a administração Robson-Bosco tem feito suas escolhas. De um lado, aumenta salários e cria novos cargos. Do outro, deixa de lado serviços essenciais para a população, como educação e saúde.

O que se espera de uma gestão pública é prioridade no que realmente importa. Investir em gente, em educação, em saúde. Mas, infelizmente, as decisões tomadas até aqui têm mostrado o contrário.