Carla Zambelli recorre ao auto-exílio
- Gi Palermi
- há 21 horas
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) decidiu deixar o Brasil e pedir licença do mandato. Ela anunciou isso nesta terça-feira (03.jun.2025), poucos dias depois de ser praticamente condenada a 15 anos de prisão. A decisão de sair do país diz muito sobre o momento grave que vivemos. Enquanto uns fingem que está tudo normal, outros já enxergam que a perseguição política virou regra no Brasil.
Zambelli decidiu sair para não ter o mesmo destino de Daniel Silveira e Roberto Jefferson, que hoje estão atrás das grades, tratados como criminosos perigosos apenas por terem se oposto ao sistema. Ela preferiu o exílio à prisão injusta.
A deputada enfrenta duas condenações. Uma delas, de 5 anos, por ter sacado uma arma durante uma confusão na rua — mesmo tendo porte legal e comprovando legítima defesa. A outra, de 10 anos, envolve o hacker Walter Delgatti Neto, com a acusação de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli nega ter mandado ou orientado qualquer ação criminosa e denuncia que não há prova concreta contra ela. Mesmo assim, foi condenada à unanimidade pelos ministros do STF — todos os mesmos que fecham os olhos para os verdadeiros corruptos do país.
E o mais grave: os julgamentos que a levaram a essas penas pesadas aconteceram a portas fechadas. A população sequer pôde acompanhar os detalhes. Tudo feito no escuro, do jeito que o sistema gosta. Zambelli diz estar sendo perseguida e teme até pela própria vida se continuar no país.
Essa fuga não é covardia. É sobrevivência. É o grito de quem ainda acredita na liberdade, mesmo quando o Estado já a matou faz tempo. Nos últimos anos, vimos prisões absurdas, mandatos cassados, gente calada à força. O alvo? Sempre o mesmo: quem defende valores de direita, quem questiona as verdades impostas, quem se opõe ao governo e ao Supremo.
O que está acontecendo no Brasil hoje é um estado de exceção, disfarçado de legalidade.
O TSE manda até nos assuntos que o povo pode ou não discutir nas redes sociais. As eleições viraram teatro: o povo ainda vota, mas quem manda no jogo é o Judiciário. Eles decidem quem pode ser candidato, quem pode falar, quem será preso e quem será poupado.
A democracia brasileira virou uma encenação. Um cadáver com maquiagem. A Constituição está sendo rasgada todos os dias por uma elite togada que se aliou ao projeto de poder do PT. E quem ousa discordar vira alvo.
A saída de Carla Zambelli é mais uma prova disso. Ela não fugiu da Justiça. Ela fugiu da injustiça. Só quem já sentiu o peso da perseguição sabe o que é isso. E só quem está fora do sistema tem coragem de dizer: o Brasil não é mais um país livre.
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