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Investigador Rodrigo alerta para guerra urbana

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Em discurso firme na Câmara, policial e vereador denunciou avanço das facções em Araxá, criticou leis que soltam criminosos e homenageou policiais que arriscam a vida.


Durante a sessão ordinária desta terça-feira (04.nov.2025), o vereador Investigador Rodrigo levou para a tribuna da Câmara Municipal o alerta de que a guerra que o narcoterrorismo trava contra a sociedade brasileira já faz parte da realidade de Araxá. Ele pediu um minuto de silêncio em homenagem aos quatro policiais mortos na Operação Contenção realizada no Rio de Janeiro — que “são as verdadeiras vítimas dessa guerra”.


E fez duras críticas às entidades de direitos humanos, afirmando que só aparecem para defender criminosos e acabam alimentando uma cultura de bandidolatria. 


Facções em Araxá


O parlamentar denunciou que facções como Comando Vermelho e PCC não estão apenas em grandes capitais: já têm presença estruturada em Araxá e região. Ele explicou que, ao chegar no presídio local, o detento precisa declarar a que facção pertence e que há tantos integrantes do PCC que os faccionados do Comando Vermelho são enviados para outras unidades prisionais. Isso expõe que os dois grupos atuam na cidade e região. 


Para ele, Araxá só não vive uma situação mais grave porque as polícias Militar e Civil atuam de forma integrada com o Ministério Público e o Poder Judiciário, com o apoio da Prefeitura — mas a falta de investimentos do Estado de Minas ameaça essa estabilidade.


Leis fracas


Com 21 anos de Polícia Civil, o vereador disse estar cansado de prender sempre os mesmos criminosos. Segundo ele, “a cada 10 pessoas presas, 7 ou 8 saem na audiência de custódia”, o que gera um ciclo infinito de impunidade. 


Ele citou o caso do latrocínio ocorrido no bairro Belvedere: já havia apreendido o autor pela primeira vez quando o rapaz tinha 13 anos e, anos depois, voltou a prendê-lo por furto, mais à frente por roubo e depois por tráfico. Em todas essas vezes, ele retornou às ruas. Até que tirou a vida de um casal. 


Para o vereador, enquanto houver essa inversão de valores, oferecendo proteção e blindagem a bandidos, a legislação penal e a processual penal não forem alteradas, os profissionais de segurança continuarão “enxugando gelo e arriscando a própria vida todos os dias”.


Homenagens policiais


O Investigador Rodrigo homenageou policiais que participaram de duas grandes ações recentes em Araxá. Em uma delas, a Polícia Militar retirou de circulação mais de 400 quilos de maconha e quase 1 quilo de cocaína do tipo escama de peixe, de alto teor de pureza, evitando que essas drogas destruíssem famílias na região. Ele lembrou que cada quilo apreendido é uma tragédia evitada. 


Já a Polícia Civil foi responsável por uma investigação que mobilizou cerca de 300 agentes em 12 cidades, cumpriu 73 mandados de busca, efetuou 40 prisões e bloqueou 120 contas bancárias usadas para lavar dinheiro do tráfico, além de apreender 35 veículos, entre eles carros de luxo como Porsche, BMW, Land Rover e motos de alta potência. Na mesma operação, classificada como de excelência, foi detido o homem apontado como o maior traficante de cocaína de Minas Gerais, capturado em Belo Horizonte após anos de monitoramento.


Rodrigo afirmou que os policiais são a última barreira entre a população e o descontrole total, e que a sociedade precisa decidir de que lado está nessa guerra: com as forças da lei ou com a criminalidade. Reforçou que continuará cobrando mudanças e valorização para os profissionais de segurança pública em Araxá.

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