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Só 6% para obras enquanto Araxá pede socorro

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • há 12 minutos
  • 2 min de leitura

Audiência Pública sobre o orçamento 2026 escancarou um dilema: quase todo o dinheiro do pagador de impostos vai só para manter a máquina funcionando.


Araxá lotada de problemas. Buracos nas ruas, esgoto a céu aberto, bairros esquecidos, falta de médicos, falta de leitos em UTI. Todo mundo sente. E nesta quarta-feira (05.nov.2025), na Câmara Municipal, ficou claro: não tem dinheiro sobrando para mudar essa realidade.


A Audiência Pública debateu o Projeto de Lei nº 191 de 2025, que define como a gestão Robson Magela e Bosco Júnior pretende gastar os R$ 829,7 milhões previstos para 2026.


E a resposta assusta: apenas 6% desse valor está reservado para investimentos. Para novas obras. Para expansão. Para melhorar a vida das pessoas.


Só para manter a máquina pública funcionando — salários, contratos, serviços básicos — 93% do orçamento já está comprometido de saída. Ou seja: R$ 773,6 milhões só para que tudo continue do jeito que está.


O problema é que manter como está significa áreas essenciais em sufoco.


A educação deve receber cerca de R$ 222 milhões, mas quem tem filho em escola pública da rede municipal sabe que falta estrutura.


A saúde fica com algo em torno de R$ 192 milhões, porém as filas seguem gigantescas para consultas com especialistas e tem gente esperando meses por um exame.


Quase tudo vai para manter o que já existe: salários, contratos antigos, serviços que vivem no limite e que não atendem todo mundo. O cidadão paga caro e vê pouco resultado.


Outro ponto que merece alerta: a maior parte do dinheiro vem de repasses de impostos federais e estaduais. Não há geração robusta de receita própria — só R$ 260 mil são receitas de capital. Se Brasília ou Belo Horizonte fecharem a torneira, Araxá para.


E tem mais. O projeto dá poder para que a gestão mude parte do orçamento ao longo do ano, sem precisar pedir autorização prévia aos vereadores. Na prática, aquilo que parece prioridade hoje, pode sumir amanhã.


É por isso que cada morador precisa estar atento. Este orçamento define: se sua rua vai receber asfalto. Se vai ter médico no postinho da sua região. Se sua segurança melhora ou piora. Se seu bairro segue esquecido ou volta a existir no mapa.


Os vereadores da Comissão de Finanças — Marciony Sucesso, Jairinho Borges e Alexandre Irmãos Paula — têm uma missão séria nas mãos: proteger o dinheiro do pagador de impostos e garantir que ele volte para quem mais precisa.


Qualquer morador pode participar. Até 7 de novembro, dá para sugerir mudanças pelo  e-mail: camara@araxa.mg.leg.br


O orçamento está no site da Câmara. A votação deve acontecer no início de dezembro. E aí pode ser tarde demais para reclamar.


Agora é hora de fazer barulho. É hora de cobrar. É hora de lembrar que dinheiro público não existe. Existe o nosso dinheiro. E a gestão tem obrigação de usá-lo para melhorar a vida do cidadão.

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