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Maura investigada por suposta compra de votos

  • Foto do escritor: Gi Palermi
    Gi Palermi
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura

Ministério Público e Justiça Eleitoral autorizam apuração sobre promessas de casa e cartão social em troca de apoio político; defesa nega acusações.


O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) autorizou nesta segunda-feira (25.ago.2026) a abertura de inquérito para investigar a prefeita de Tapira, Maura do Barroso, por suspeita de compra de votos nas eleições municipais do ano passado.


A decisão atendeu pedido do Ministério Público Eleitoral, que em 22 de agosto havia solicitado a apuração com base em denúncias de moradores.


Segundo relatos colhidos pela polícia, Maura teria oferecido uma casa e um cartão social da prefeitura, conhecido como “Viver Bem”, para famílias que aceitassem votar nela nas eleições do ano passado. As conversas teriam acontecido a menos de um mês do pleito, em visitas feitas pela prefeita, que concorria à reeleição, acompanhada de assessores.


O procurador responsável, José Jairo Gomes, considerou que há elementos que apontam para prática de corrupção eleitoral e solicitou novas diligências, como ouvir outras pessoas, requisitar documentos da prefeitura sobre programas sociais e analisar mensagens e registros digitais que possam comprovar as promessas.


O juiz relator, Carlos Donizetti Ferreira da Silva, destacou que os fatos narrados são graves e precisam ser apurados com rigor. Determinou ainda que, além da prefeita, outros envolvidos sem cargo público também sejam investigados pela Justiça comum.


A decisão significa a abertura formal de um inquérito que vai reunir provas para confirmar ou não as acusações. O caso coloca a cidade de Tapira no centro das atenções da Justiça Eleitoral em Minas Gerais.


Cassação em paralelo


Além deste inquérito recém-autorizado, Maura do Barroso e o vice-prefeito Jamil Lázaro Borges também enfrentam um processo de cassação eleitoral. Em julho deste ano, a Justiça Eleitoral de primeira instância decidiu pela perda dos mandatos da prefeita e do vice, apontando indícios de compra de votos e uso político do programa habitacional “Morar Bem”.


Na mesma decisão, o juiz determinou o envio do caso ao Ministério Público para apuração criminal, considerando que as supostas irregularidades podem ter alterado o resultado do pleito, que terminou com apenas 17 votos de diferença. O processo segue em tramitação no TRE-MG, que ainda vai decidir se confirma ou não a cassação.


Defesa nega acusações


A defesa da prefeita Maura do Barroso enviou nota oficial em resposta. No comunicado, os advogados Emanuel Victor Utsch Leite e Guilherme Pereira da Fonseca afirmam a inocência da prefeita e dizem que a decisão do TRE-MG está baseada em acusações “sem respaldo fático, para não dizer mentirosas”.


A defesa ressalta que todas as medidas legais serão tomadas para estabelecer a “verdade real” do processo e adiantou que pretende acionar criminalmente os autores das denúncias.


“Maura se encontra à disposição da Justiça e das demais autoridades para prestar todos os esclarecimentos acerca dos fatos a serem investigados”, concluíram os advogados.


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